2015/06/30

Se a Grécia sair do euro, é Portugal a seguir


As instituições que estão a humilhar a Grécia estão também a humilhar todos os cidadãos europeus, porque estão a querer mostrar-nos que só há o caminho que eles próprios decidem e que os povos já não são livres de decidirem.
A Europa está a transformar-se numa ditadura da finança e as posições dos seus responsáveis fazem-nos lembrar a doutrina Brejnev sobre soberania limitada. Pedro Passos Coelho e o Presidente da República parecerem ignorar a importância geoestratégica da Grécia. Algo que Barack Obama compreendeu muito bem.

O que se está a passar ficará para a História como uma vergonha. E o Governo português engana-se ou mente quando diz que os cofres do país estão cheios. 

Estão cheios de dinheiro emprestado para pagar dívida. Se a Grécia sair do euro, é Portugal quem fica na linha da frente. Apoiar ou desejar a queda da Grécia é estar a abrir o caminho para a própria queda de Portugal. A Bolsa de Lisboa foi hoje a que mais caiu em toda a Europa.
Gostaria de ver os socialistas europeus com uma posição mais firme. Uma situação destas não pode ser abordada com posições de meias tintas.
Manuel Alegre

2015/06/28

COMISSÃO PARLAMENTAR DE SAÚDE VISITA PORTALEGRE 2ª. E 3ª. FEIRA

Mediante proposta do Partido Socialista, a Comissão Parlamentar de Saúde vai realizar, nos dias 29 e 30 de Junho (2ª e 3ª feiras), uma visita de trabalho ao distrito de Portalegre.


O programa aprovado em sede de Comissão contempla um conjunto de visitas e reuniões de trabalho com responsáveis de unidades de saúde e com autarcas, de modo a promover um conhecimento adequado da realidade do Distrito de Portalegre em matéria de saúde.
Assim, esta deslocação de trabalho ao distrito de Portalegre começa pelas 11 horas com uma visita e reunião ao Centro de Saúde de Alter do Chão, seguindo-se da parte da tarde, uma reunião com o Conselho de Administração da ULSNA e visita ao Hospital Dr. José Maria Grande em Portalegre.
Os trabalhos prosseguem depois com uma reunião com a Ordem dos Médicos e com a Ordem dos Enfermeiros – Seção Regional do Sul e Sindicato dos Enfermeiros (Portalegre). O dia conlcui-se com um jantar de trabalho com os Presidentes de Câmara do distrito.
No dia seguinte (terça-feira) a visita termina de manhã com reunião e visita ao Hospital de Santa Luzia (Elvas).

Para Sandra Cardoso, deputada socialista eleita pelo círculo de Portalegre, que integra a referida Comissão, “a aprovação da visita é um sinal positivo que a Comissão Parlamentar de Saúde dá ao distrito de Portalegre, um território fragilizado, com problemas estruturais, que merece uma especial atenção da Assembleia da República”.

(In,http://noticiasdecastelodevide.blogspot.pt/2015/06/comissao-parlamentar-de-saude-visita.html)

2015/06/25

A FEDERAÇÃO DISTRITAL DE PORTALEGRE DO PARTIDO SOCIALISTA ACUSA O GOVERNO PSD/CDS-PP


A Federação Distrital de Portalegre do PS acusa o Governo PSD/CDS-PP de “atacar, mais uma vez, os serviços públicos e a população do Alto Alentejo"

Em causa está o eventual encerramento do laboratório de saúde pública de Portalegre. 
Para os socialistas do Alto Alentejo trata-se de “uma medida cega”, de um Governo que “não olha a meios nem às consequências das suas decisões”. 
Em declarações à Rádio Portalegre, o presidente da Federação Distrital de Portalegre do PS, Luís Testa, disse que o encerramento daquela unidade é “um ataque claro à saúde da população” que deixa de contar com os serviços de uma entidade oficial, de referência e credível, que assegura a qualidade da água para consumo humano, assim como das piscinas e das zonas balneares.

Segundo Luís Testa, com o fecho do laboratório, deixa de ser dado um apoio ao estudo de infeções alimentares e bacteriológicas, como o caso da legionella, ou o acompanhamento de surtos, como o da tuberculose.

Para o líder dos socialistas no distrito de Portalegre, não há dúvidas que esta é, mais uma vez, “a demonstração de como este governo não está preocupado com o Alto Alentejo”. 
O socialista referiu ainda que a gravidade desta medida não se esgota nas questões diretamente relacionadas com a saúde, referindo que são também colocados em causa os postos de trabalho dos técnicos que, diariamente, garantem estes serviços importantes para a comunidade.

Gabriel Nunes, Rádio Portalegre

2015/06/23

REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DA CÂMARA MUNICIPAL DE PORTALEGRE

Na sequência da reunião extraordinária da Câmara Municipal de Portalegre, ocorrida ontem, dia 22 de Junho de 2015, e onde se procedeu à discussão e votação da nova proposta de Orçamento e Grandes Opções do Plano para o ano de 2015, documentos esses que foram aprovados com 3 votos a favor da Presidente e de dois vereadores do CLIP e 3 votos contra dos vereadores do PS e da CDU, foi emitida uma Declaração de Voto efectuada pelos Vereadores do Partido Socialista no Municipio de Portalegre, para informação/divulgação aos Portalegrenses: 

DECLARAÇÃO DE VOTO - VEREADORES DO PS NO MUNICIPIO DE PORTALEGRE

ORÇAMENTO E GRANDES OPÇÕES DO PLANO - 2015

Em 22 de Junho de 2015 é apresentado à pressa em reunião extraordinária, um orçamento e Grandes Opções do Plano que só chegaram aos vereadores às 19h da véspera útil da reunião.

Na análise possível, percebe-se imediatamente que se trata de um documento ilegal.

A despesa é superior à receita, desequilíbrio assumido em pelo menos 1,13M€, verba que, destinada a amortização de empréstimos consolidados de médio e longo prazo, ao ser retirada implica entrada em incumprimento com consequências não previsíveis.

Logo é ilegal!

É ilegal porque a despesa é superior à receita, e leva à ilegalidade continuada na execução, violando permanentemente a lei dos compromissos.

A justificação é que o dinheiro será reposto pelo FAM! Pois é, mas o FAM não está aprovado, não está negociado, e nem sequer nos apresentam o plano Municipal a submeter ao FAM.

Logo é uma mão cheia de nada que não retira a ilegalidade do desiquilíbrio orçamental.

Já conhecíamos esta nova invenção na Fundação Robinson. Inscrevem-se despesas por conta de ressarcimentos de verbas em litígio em Tribunal, confiando na vitória em templo útil, no corrente ano e com execução da sentença também no próprio ano!

Agora passar a técnica para a Câmara atinge o último degrau a que chegámos.

Mas mesmo que tudo fosse possível e o milagre acontecesse, para que serviria este exercício? 

Pois a proposta apresentada mostra claramente que o sacrifício a exigir aos Portalegrenses em novos e pesados impostos, desde logo com o aumento do IMI em 25%, serviria apenas para:

   1- Pagar às àguas de Portugal o dinheiro que os Portalegrenses já pagaram na fatura da água

   2- Idem para a VALNOR

   3- Aumentar para o dobro a injeção de dinheiro na Fundação Robinson.

E mais nada.

Resumindo, a proposta de ir ao FAM serve apenas para continuar a despejar dinheiro na Fundação.

   Não há verbas para arranjar o camião do lixo

   Não se pintam passadeiras

   Não se remendam buracos, etc.,etc......

  Não, não se faz nem vai fazer mais nada. Apenas sdespejar dinheiro na Fundação e mais umas festas para pagar favores. E aumentar a dívida da Câmara que em 2018 estará em mais 5M€ do que atualmente.

Infelizmente é isto que nos é proposto, aumentar os encargos dos Portalegrenses para tudo ficar na mesma ou ainda pior, é isto que rejeitamos.

Até porque continuamos sem saber a verdadeira dimensão da dívida, que vai aparecendo a conta gotas (desta vez são mais 1,2M€ que estavam bem escondidos, em incumprimento desde 2009). Já solicitámos várias vezes uma auditoria.

Obviamente que recusamos a proposta da Senhora Presidente de ser um vereador da oposição a pagar a auditoria, dado que a própria não tem dúvidas. Mas a Assembleia Municipal, enquanto órgão fiscalização, deverá debater o assunto.

UM POSTAL PARA O GOVERNO 3


UM POSTAL PARA O GOVERNO 2


PASSEIO NOCTURNO


Tentando arrefecer aqui sentado no sofá de uma casa sem ar condicionado faço questão de sair de casa agora e vou.

Uma parte da rua está sem iluminação pública há já alguns dias, será que desligaram alguma coisa para poupar uns cobres!

Vagueio por entre ruelas e esquinas acompanhado, aqui e ali, por gatos meio zonzos pelo estio canicular de uma tarde tórrida.


Finalmente no meio da rua, como que surgido do nada, um jovem de 20 e poucos anos que passa por mim sem se dar conta, com um cigarro apagado na mão.

Os passeios estão cada vez mais íngremes e cobertos de flores silvestres, algumas ervas cobrem por completo as pedras como que tapetes coloridos para um passeio suave; o lixo disperso acumula-se nos cantos, um buraco aqui, outro ali, pedras soltas empoleiradas, armadilha fácil para idosos e crianças desatentas, as paredes escuras e sujas destoam das novas, construídas de raiz e pintadas há poucos dias.

As montras, ainda iluminadas, salvam a paisagem triste da noite do desencanto.

Nos bares abertos, um cheiro característico de petiscos ainda por deglutir, em espaços ainda vazios com cadeiras e mesas vazias. Está uma noite fantástica, a refrescar. Mas as pessoas, essas não as vislumbro em sítio algum. Hora de novelas!! Tempo de ressesso televisivo.

Finalmente alguém, decididamente saiu à rua nua. Mas para passear um caniche anão felpudo e nervoso, que entusiasticamente dá pinotes na calçada, como impulssionado por molas. O homem puxou o animal sem sequer limpar a rua, porque é para isso que saiu agora. É o costume! E lá ficou aquele cheiro de cão e de caca de cão e do homem zangado que tão depressa saiu de casa como entrou por ela dentro. E amanhã voltará à mesma hora, ao mesmo local, para passear o cão e sujar a rua. E a mesma dança, para o mesmo gesto… e assim vai a cidade, dissolvida em gestos brandos, em sonolências, em nuvens de cheiros, e lixo, e os buracos, e os muros fétidos, e os cidadãos esquivos, com novelas de um quotidiano de futuro incerto e vago.

A casa dos frangos já fechou. A gasolineira permanecerá por mais algum tempo. Subo a escadaria de graffittis coloridos destes novos tempos de arte urbana interessante e sui generis que ninguém censura.


Vagueio pela rua nua (óbvio), um pouco suja (é favor) e meio iluminada (é real).

Entro em casa, simplesmente chateado, mas já acostumado…

João Belém

UM POSTAL PARA O GOVERNO 1


2015/06/22

AS PREMONIÇÕES DE NATÁLIA CORREIA

"A nossa entrada (na CEE) vai provocar gravíssimos retrocessos no país, a Europa não é solidária com ninguém, explorar-nos-á miseravelmente como grande agiota que nunca deixou de ser. A sua vocação é ser colonialista". "Portugal vai entrar num tempo de subcultura, de retrocesso cultural, como toda a Europa, todo o Ocidente". "Mais de oitenta por cento do que fazemos não serve para nada. E ainda querem que trabalhemos mais. Para quê? Além disso, a produtividade hoje não depende já do esforço humano, mas da sofisticação tecnológica". "Os neoliberais vão tentar destruir os sistemas sociais existentes, sobretudo os dirigidos aos idosos. Só me espanta que perante esta realidade ainda haja pessoas a pôr gente neste desgraçado mundo e votos neste reaccionário centrão". "Há a cultura, a fé, o amor, a solidariedade. Que será, porém, de Portugal quando deixar de ter dirigentes que acreditem nestes valores?" "As primeiras décadas do próximo milénio serão terríveis. Miséria, fome, corrupção, desemprego, violência, abater-se-ão aqui por muito tempo. A Comunidade Europeia vai ser um logro. O Serviço Nacional de Saúde, a maior conquista do 25 de Abril, e Estado Social e a independência nacional sofrerão gravíssimas rupturas. Abandonados, os idosos vão definhar, morrer, por falta de assistência e de comida. Espoliada, a classe média declinará, só haverá muito ricos e muito pobres. A indiferença que se observa ante, por exemplo, o desmoronar das cidades e o incêndio das florestas é uma antecipação disso, de outras derrocadas a vir". Natália Correia Lisboa, 16 de Março de 1993. Este texto é hoje uma realidade consumada!

2015/06/21

Ricardo Porém confirma presença na Baja Portalegre 500

Atual detentor do título do Campeonato Nacional de Todo-o-Terreno, conquistado ao volante de um BMW Série 1 Proto e MINI ALL4 Racing (este último utilizado apenas na Baja Portalegre 500), Ricardo Porém esteve presente, como espectador, na Baja TT Proença-a-Nova/Mação/Oleiros, quarta prova do ano da modalidade. Sem revelar pormenores quanto ao seu futuro, o piloto adiantou que a presença na Baja Portalegre 500, de 22 a 25 de outubro, está confirmada. Agora, em que carro, isso só Porém saberá. 
Ler mais: http://autosport.pt/ricardo-porem-confirma-presenca-na-baja-portalegre-500=f136258#ixzz3dhljSpIJ
A vítima do terror psicológico no trabalho não é o empregado negligente. Ao contrário, os empregados com um senso de responsabilidade quase patológico, são ingênuos no sentido de que acreditam nos outros e naquilo que fazem, são geralmente pessoas de bem, educados e possuidores de valiosas qualidades profissionais e morais. De um modo geral, a vítima é escolhida justamente por ter algo mais. E é esse algo mais que o perverso busca roubar. As manobras perversas reduzem a auto-estima, confundem e levam a vítima a desacreditar de si mesma e a se culpar. Fragilizada emocionalmente, acaba por adoptar comportamentos induzidos pelo agressor. Seduzido e fascinado pelo perverso o grupo não crê na inocência da vítima e acredita que ela haja consentido e, consciente ou inconscientemente, seja cúmplice da própria agressão. Portanto, a vítima do assédio moral não é uma pessoa pacata, sem opinião própria, que fica em seu canto somente esperando o salário no final do mês ou simplesmente um executor de tarefas pré-determinadas. O agressor não se preocupa com este tipo de pessoa, pois esta não lhe ameaça o cargo, não transmite perigo. A vítima em potencial é aquela que leva o agressor a sentir-se ameaçado, seja no cargo ou na posição perante o grupo. A vítima é, normalmente, dotada de responsabilidade acima da média, com um nível de conhecimento superior aos demais, com uma auto-estima grande e, mais importante, acredita piamente nas pessoas que a cercam.

Perfis para as vítimas de assédio moral:

- Trabalhadores com mais de 35 anos;
- Saudáveis, escrupulosos, honestos;
- As pessoas que têm senso de culpa muito desenvolvido;

- Dedicados, excessivamente até, ao trabalho, perfeccionistas, impecáveis, não hesitam em trabalhar nos fins de semana, ficam até mais tarde e não faltam ao trabalho mesmo quando doentes;
- Não se curvam ao autoritarismo, nem se deixam subjugar;
- São mais competentes que o agressor;
- Pessoas que estão perdendo a cada dia a resistência física e psicológica para suportar humilhações;
- Portadores de algum tipo de deficiência;
- Mulher em um grupo de homens;
- Homem em um grupo de mulheres;
- Quem tem limitação de oportunidades por ser especialista;
- Aqueles que vivem sós;
- Mulheres casadas e/ou grávidas e/ou que têm filhos pequenos.

2015/06/20

Resgate de Portugal foi para salvar banca alemã, diz conselheiro de Durão Barroso

Philippe Legrain acaba de publicar o livro “European Spring: Why our Economies and Politics are in a mess” (Primavera europeia: Por que as nossas economias e políticas estão um caos).Na entrevista, afirma que os governos europeus “puseram os interesses dos bancos à frente dos interesses dos cidadãos”, e que “há uma relação quase corrupta entre bancos e políticos”.


O economista britânico Philippe Legrain diz, numa entrevista ao Público, que o sector bancário dominou os governos dos países e as instituições da zona euro e, por isso, quando eclodiu a crise, só se preocuparam em salvar os bancos. O conselheiro económico de Durão Barroso entre 2011 e fevereiro deste ano defende a reestruturação dos bancos e o perdão da dívida portuguesa. E considera “uma anedota” a atuação dos representantes da Comissão Europeia na crise.
O principal problema era a dívida privada
No caso de Portugal, afirma, “o principal problema era a dívida privada. Antes da crise, a dívida pública era sensivelmente a mesma que na Alemanha – 67/68% do PIB – mas o grande problema que não foi de todo resolvido era a dívida privada que estava acima de 200% do PIB”.
Para o economista, este é que era o problema real, “mas que os portugueses não enfrentaram, a UE e o FMI não ligaram, só se concentraram na redução da dívida pública. Por isso, como não resolveram os problemas reais do sector bancário, não resolveram o problema da dívida privada, só se concentraram na consequência, que foi o aumento da dívida pública”.
Há quem pense que o que eu digo é uma loucura, alegando que os mercados estão a emprestar a Portugal a taxas muito baixas e que por isso a crise acabou, blá blá, blá, mas isso simplesmente não é verdade
O resultado desta decisão, na sua opinião, foi uma “profunda, longa e desnecessária recessão económica”. E a crise está longe de estar resolvida.
“Há quem pense que o que eu digo é uma loucura, alegando que os mercados estão a emprestar a Portugal a taxas muito baixas e que por isso a crise acabou, blá blá, blá, mas isso simplesmente não é verdade. Isso também aconteceu nos anos da bolha [financeira], antes de 2007, em que os mercados também emprestavam de forma incrivelmente fácil, o que não significava que não havia problemas. Neste momento tem havido entrada de liquidez, que está a tapar os problemas subjacentes, mas essa liquidez pode inverter-se se o BCE, como penso que vai acontecer, nos desiludir da ideia de que poderá haver um Quantitative Easing (injecção de liquidez)”.
Troika desempenhou um papel colonial em Portugal
Para Philippe Legrain, “o que começou por ser uma crise bancária que deveria ter unido a Europa nos esforços para limitar os bancos, acabou por se transformar numa crise da dívida que dividiu a Europa entre países credores e países devedores”. Nessa crise, aponta, as instituições europeias funcionaram como instrumentos para os credores imporem a sua vontade aos devedores.
“Podemos vê-lo claramente em Portugal: a troika (de credores da zona euro e FMI) que desempenhou um papel quase colonial, imperial, e sem qualquer controlo democrático, não agiu no interesse europeu mas, de facto, no interesse dos credores de Portugal. E pior que tudo, impondo as políticas erradas”.
Esta instituição (a Comissão Europeia) é uma redoma completamente desligada da realidade
O economista considera que o essencial da responsabilidade da parte orçamental dos programas foi da Comissão Europeia, que fez projeções completamente falsas. “Dá vontade de rir quando se comparam as projeções de 2011 com os resultados de 2013, é uma anedota. Isto resultou em parte da incompetência das pessoas responsáveis, mas há outro problema que é o da responsabilidade democrática. Olli Rehn e os seus altos funcionários decretam que o desemprego vai ser 12% mas se afinal é 20%, dizem 'ah, ok, temos de mudar aqui este número na folha de cálculo'. Ou seja, não estão a lidar com a realidade. Esta instituição é uma redoma completamente desligada da realidade”.
Portugal está em pior estado do que estava no início do programa
O ex-conselheiro de Durão Barroso é particularmente crítico dos resultados do programa português: “Basta olhar para as previsões iniciais para a dívida pública e ver a situação da dívida agora para se perceber que não é, de modo algum, um programa bem sucedido. Portugal está mais endividado que antes por causa do programa, e a dívida privada não caiu. Portugal está mesmo em pior estado do que estava no início do programa”.
O economista defende para Portugal “ uma reestruturação dos bancos, um perdão de dívida tanto pública como privada, é preciso investimento do Banco Europeu de Investimentos"
É destrutivo uma Alemanha quase-hegemónica
A orientação política seguida, afirma, veio da Alemanha. “E a Alemanha aconselhou mal, em parte por causa da forma particular como os alemães olham para a economia, por causa da ideologia conservadora, e porque agiu no seu próprio interesse egoísta de credor em vez de no interesse europeu alargado. A UE sempre funcionou com a Alemanha integrada nas instituições europeias, mas aqui, a Alemanha tentou redesenhar a Europa no seu próprio interesse. É por isso que temos uma Alemanha quase-hegemónica, o que é muito destrutivo”.
O economista defende para Portugal “uma reestruturação dos bancos, um perdão de dívida tanto pública como privada, é preciso investimento do Banco Europeu de Investimentos (BEI), dos fundos estruturais da UE e através dos ganhos de um perdão de dívida que reduza os pagamentos dos juros”.
Não é verdade que os salários precisavam de ser reduzidos
Para Philippe Legrain, “não é verdade que os aumentos salariais no sul da Europa foram excessivos nos anos pré-crise. Em termos de peso no PIB, os salários até caíram. Por isso não é verdade que esta foi a causa da crise, não é verdade que os salários precisavam de ser reduzidos. Só que esmagar salários provoca o colapso do consumo, agrava a recessão e agrava o peso da dívida, porque se os salários baixam, é mais difícil pagá-la. Tudo isto é baseado no erro de conceção alemão de que os custos salariais são uma coisa má e têm de ser reduzidos, quando, de facto, deveriam ser tão altos quanto possível, desde que justificados pela produtividade”.

Recolha de assinaturas para referendar Acordo Ortográfico

Os promotores de uma Iniciativa de Referendo ao Acordo Ortográfico lançaram esta sexta-feira uma campanha de recolha das 75 mil assinaturas necessárias para que o Parlamento vote este projecto de lei. Manuel Alegre, Pacheco Pereira, Bagão Félix e Garcia Pereira são alguns dos políticos que integram a lista de mandatários.

Um grupo de cidadãos, entre os quais se contam políticos de vários quadrantes, escritores, artistas, cientistas e outras figuras públicas, lançou esta sexta-feira uma Iniciativa de Referendo (IR) ao Acordo Ortográfico (AO), que se encontra agora na fase de recolha de assinaturas.
Manuel Alegre, António Arnaut e Helena Roseta, da área do PS, Pacheco Pereira, Manuela Ferreira Leite e Mota Amaral, do PSD, ou Bagão Félix e António Lobo Xavier, do CDS, são alguns dos políticos que aceitaram ser mandatários desta iniciativa, que vem dar cumprimento a uma moção aprovada no Fórum Pela Língua Portuguesa, realizado em Abril passado na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Para que o projecto de lei de referendo ao AO seja obrigatoriamente votado no Parlamento, será necessário reunir 75 mil assinaturas, um objectivo que o jurista Artur Magalhães Mateus, porta-voz da comissão executiva da IR, acredita que irá ser atingido, ainda que critique a discrepância entre este número e as 7500 assinaturas que a lei exige a quem pretenda candidatar-se a Presidente da República.
O facto de uma anterior petição contra o AO ter reunido mais de 110 mil assinaturas sugere que a tarefa é exequível, mas já não será provavelmente tão fácil, tendo em conta os anteriores momentos em que o Acordo foi à Assembleia da República (AR), conseguir que esta vote favoravelmente a realização do referendo.
É por isso que os responsáveis desta Iniciativa de Referendo insistem na necessidade de os cidadãos levarem os políticos a assumir compromissos nesta matéria. “Estamos em vésperas de eleições legislativas e na antevéspera das presidenciais, e é preciso que os candidatos a deputados e os candidatos à Presidência da República compreendam que há uma maioria de cidadãos portugueses para quem a questão do Acordo Ortográfico é muito importante”, diz Magalhães Mateus.
Reconhecendo que nem o Presidente da República em exercício nem a AR na sua actual composição “deram seguimento” às anteriores tentativas de travar a aplicação do AO em Portugal, o porta-voz desta iniciativa afirma “depositar esperanças no próximo Presidente e nos próximos deputados”.
Daí que este jurista considere essencial conseguir que um e outros se comprometam já a fazer o que estiver ao seu alcance para travar o AO. E Mateus recorda que um dos candidatos presidenciais, Henrique Neto, “já fez uma declaração específica, afirmando que se for eleito sujeitará a entrada em vigor do tratado do AO a um período de suspensão de cinco anos”, para debate e consulta a especialistas.
Um dos argumentos dos adversários do Acordo é justamente o de que este foi aprovado contra o juízo da esmagadora maioria dos especialistas. Entre 2005 e 2008, no período que culminaria com a aprovação pelo Parlamento português do 2.º Protocolo Modificativo do AO, foram pedidos pareceres a 27 personalidades e instituições, dos quais 25, recorda-se nesta Iniciativa de Referendo, “foram negativos em relação à ratificação”.
Se elogia Henrique Neto, Magalhães Mateus não hesita em censurar Sampaio da Nóvoa. “Diz que é exigir de mais pedirem-lhe que escreva pelo Acordo, mas não se pronuncia a respeito de essa mesma exigência ser feita a crianças em idade escolar e a funcionários públicos”.
Com uma comissão organizadora formada por Cristina Pimentel, Helena Buescu, Ivo Miguel Barroso, Maria Filomena Molder e Teresa Cadete, esta Iniciativa de Referendo inclui entre os seus mandatários, para lá dos políticos já referidos, figuras como o ensaísta Eduardo Lourenço, o penalista Manuel da Costa Andrade, o ex-ministro da Cultura José Sasportes, o jurista, e dirigente do MRPP, Garcia Pereira, o cineasta António-Pedro Vasconcelos, o sexólogo Júlio Machado Vaz, os jornalistas Miguel Sousa Tavares e Constança Cunha e Sá, os poetas e críticos Gastão Cruz e Pedro Mexia, o maestro António Victorino de Almeida, o músico Pedro Abrunhosa ou o escritor Afonso Reis Cabral, para citar apenas alguns.
Nomes aos quais se junta um vasto conjunto de académicos de diversas áreas disciplinares, como António Feijó, vice-reitor da Universidade de Lisboa, o teórico da literatura Vítor Aguiar e Silva, ex-reitor da Universidade do Minho, António Fernando Nabais, presidente da Associação Nacional de Professores de Português, o cientista Henrique Leitão, prémio Pessoa em 2014, e ainda o filólogo Fernando Paulo Baptista ou Francisco Miguel Valada, autores de obras sobre o AO.

Nuno Matos e Filipe Serra vencem a Baja TT Proença/Mação/Oleiros



Nuno Matos e Filipe Serra vencem a Baja TT Proença/Mação/Oleiros e consolidam a liderança no campeonato nacional da especialidade!!!


O assediador pode ser uma pessoa ou um grupo de pessoas.

O assediador moral é uma pessoa “perversa”, que se utiliza dos mecanismos perversos para se defender. É um indivíduo com uma personalidade narcisista que ataca a auto-estima do outro, transferindo-lhe a dor e as contradições que não admite em si mesmo: o seu ego é tão grandioso quanto a sua necessidade de ser admirado e a sua falta de empatia. Como não está apto a superar a solidão que o separa do mundo, dirigindo o amor para fora de si, é insaciável em sua busca de gratificação, sentindo intensa inveja das pessoas que são felizes e têm prazer com a própria vida. A crise existencial cerca o destino do narcisista, impulsionando-o a procurar uma vítima da qual possa absorver a vida. Incapaz de reconhecer sua culpa e responsabilidade pelo mal que causa a si mesmo, o narcisista transfere esse sentimento para a vítima que passa a destruir moralmente: primeiro a contamina com sua visão pessimista do mundo, até induzi-la à depressão, depois passa a criticá-la pelas suas fraquezas. O perverso só consegue existir e ter uma boa autoestima humilhando os outros. Na personalidade do narcisista, o sentimento de suficiência e singularidade; o exagero na avaliação de suas próprias realizações e talentos; a fixação em fantasias de sucesso, poder, inteligência superior e beleza; a tendência ao exibicionismo; e a suscetibilidade ou intolerância à crítica. Muitas vezes o objetivo do assediador é massacrar alguém mais fraco, cujo medo gera conduta de obediência, não só da vítima, mas de outros empregados, que se encontram ao seu lado. Ele é temido e, por isso, a possibilidade de a vítima receber ajuda dos que a cercam é remota. A meta do perverso, em geral, é chegar ao poder ou nele manter-se por qualquer meio, ou então mascarar a própria incompetência. O importante para o assediador é o domínio na organização; é controlar os outros.
                                                                                                                                  (Continua)

MARGENS DE ERRO - SONDAGENS

Há uma coisa que se pode dizer com segurança. A nossa última estimativa separada de PSD e CDS, de meados de Abril, dava-lhes 27,9% e 6,8%, respectivamente. Somados, 34,7%. Logo, à pergunta "Vale a coligação menos que a soma dos seus membros?" a resposta parece ser um claro "Não".
Deixei propositadamente no gráfico acima as estimativas para o PS desde pouco antes da crise de liderança (na sequência dos resultados das Europeias) para que se perceba outra coisa. Podemos gastar os rios de tinta e os biliões de píxels que quisermos sobre a "descida" do PS, mas até agora não se infere descida alguma. Imediatamente antes das Europeias, o PS estava estimado em 37,4%. Em Dezembro, 37%. Hoje está em 37,5%.
Nos restantes partidos, tudo relativamente estável. A CDU, depois de uma descida em relação aos melhores valores da legislatura, cujo início coincidiu com a chegada de Costa à liderança do PS, tem estado estável em torno dos 10% desde o início de 2015. PDR e Livre não aparecem discriminados na sondagem da Católica, pelo que ficam na mesma na nossa estimativa. O Bloco, com um resultado muito bom nesta última sondagem, sobe um pouco.
(In, http://www.pedro-magalhaes.org/blog/)
Pedro Magalhães

2015/06/19

"EM TEMPOS TÃO DUROS COMO OS DE HOJE, NINGUÉM TEM O DIREITO DE FICAR EM SILÊNCIO!"

Este é o primeiro dia, inteiro e limpo, o primeiro de muitos dias que nos vão juntar, assim o desejo, num caminho de mudança e de esperança, por Portugal. [...]
In, http://www.sampaiodanovoa.pt/principios.html

SITUAÇÕES/ACÇÕES MAIS FREQUENTEMENTE VERIFICADAS



Dar instruções confusas e imprecisas.
O bloqueio ao trabalho e a atribuição de erros imaginários.
Ignorar a presença de funcionário na frente de outros.
Pedir trabalhos urgentes sem necessidade.
Mandar o trabalhador realizar tarefas abaixo de sua capacidade profissional, fazer comentários maldosos em público.
Impor horários injustificados ou forçar o trabalhador a pedir demissão.
Impedir o trabalhador de almoçar ou conversar com um colega, disseminando boatos que desvalorizam e desqualificam profissional e pessoalmente; retirar o material necessário à execução do trabalho (fax, computador, telefone), isolando-o do convívio com os colegas.

Posturas discriminatórias proferidas especificamente contra trabalhadores adoentados e acidentados que retornam ao trabalho e que podem vir a ser caracterizadoras de assédio moral. São elas:

- Colocar o trabalhador em local sem nenhuma tarefa e/ou não lhe dar tarefa.
- Colocá-lo sentado, separado dos demais trabalhadores por paredes de vidros, de onde fica olhando-os trabalhar.
- Não fornecer ao trabalhador (ou retirar-lhe) todos os instrumentos de trabalho.
- Isolar os adoecidos em salas denominadas dos 'compatíveis'.
- Estimular a discriminação entre os sadios e adoecidos, chamando-os pejorativamente de incapazes.
- Diminuir salários do trabalhador quando este retorna ao trabalho.
- Demiti-lo após a estabilidade legal.
- Impedi-lo de andar pela empresa.
- Telefonar para a casa do funcionário e comunicar à sua família que ele ou ela não quer trabalhar.
- Controlar suas idas a médicos.
- Questionar acerca do falado em outro espaço.
- Criar obstáculos quando ele decide por procurar médicos fora da empresa.
- Não permitir que converse com antigos colegas dentro da empresa.
- Colocar um colega controlando o outro colega, disseminando a vigilância e desconfiança.
- Omitir doenças e acidentes.
- Demitir os adoecidos ou acidentados do trabalho.                                    (Continua)