2007/07/30

Saudade



Saudade é querer viver o já vivido,
Querer amar e ter amado já…
Sentindo o coração anoitecido,
Querer beijar a luz que o sol lhe dá.


Saudade é ver fugir o bem perdido,
Não podendo ir com ele onde ele vá;
Ai, saudade afinal é ter nascido
Na certeza que a vida acabará!


Horizontes sem fim, novas paisagens…
Saudade é vago espelho onde as imagens
Têm vida para além da realidade.


Saudade é tudo enfim que me rodeia;
Um relevo de passos pela areia;
A morte, a vida, o amor, tudo é saudade…
(ANRIQUE PAÇO D'ARCOS)

2007/07/28

Enquanto dormias



Enquanto dormias
Eu velava por ti!
Com meus sentimentos,
Mesmo à distância,
E estando eu também dormindo,
Eu velava por ti!
Enquanto eu sonhava,
Aproveitei para te ver dormir.
Fui aos céus e recomendei
Aos anjos, sonho leve.
Desci ao inferno e, nos argumentos
Convenci-os a não te procurar nesta noite.
Voltei ao teu quarto,
E tentei dos teus sonhos participar.
Não havia espaço pra mim.
Por isso fiquei ao teu lado...
Velando por ti!


Rotti Muhr

Meu Alentejo!



Deixei o mundo do avesso,
Travesso,
E busquei fonte de água limpa…
Andei no carreiro do monte
E encontrei uma fonte;
Água límpida me sorriu
E a bebi.
Olhei para os campos
Onde as oliveiras são rainhas,
Majestades minhas!
Seus frutos áureos
Enfeitando a terra barrenta,
Sedenta de lavouras.
Acariciei o trigo
Amigo…
Cheirei ervas que lá crescem
Vi sois que lá aparecem,
Lindos!
Noites estreladas,
Abençoadas!...
Brancas as suas casas,
De outras cores enfeitadas…
Pessoas encantadas,
Encantadoras…
Real e doce miragem:
Meu Alentejo!
(autor desconhecido)

2007/07/23

A PONTE PARA O SEMPRE



Pensamos, às vezes,
que não restou um só dragão.
Não há mais qualquer bravo cavaleiro,
nem uma única princesa a passear por florestas encantadas.
Pensamos, às vezes,
que a nossa era está além das fronteiras,
além das aventuras.
Que o destino já passou do horizonte
e se foi para sempre.
É um prazer estar enganado.
Princesas e cavaleiros,
encantamentos e dragões,
mistério e aventura...
não apenas existem aqui e agora,
mas também continuam a ser
tudo o que já existiu nesse mundo!
Em nosso século, só mudaram de roupagem.
As aparências se tornaram tão insidiosas,
que princesas e cavaleiros
podem se esconder um dos outros,
podem se esconder até de si mesmo.
Contudo, os mestres da realidade ainda nos encontram
em sonhos para dizer que nunca perdemos
o escudo de que precisamos contra os dragões,
que uma descarga de fogo azul nos envolve agora,
a fim de que possamos mudar o mundo como desejarmos.
A intuição sussurra a verdade!
Não somos poeira, somos magia!
Feche os olhos e siga sua intuição.

Richard Bach

2007/07/22

VÃOS

Mr. MAGOO

TODOS OS DIAS




Todos os dias agora acordo com alegria e pena.

Antigamente acordava sem sensação nenhuma; acordava.

Tenho alegria e pena porque perco o que sonho

E posso estar na realidade onde está o que sonho.

Não sei o que hei de fazer das minhas sensações.

Não sei o que hei de ser comigo sozinho.

Quero que ela me diga qualquer cousa para eu acordar de novo.


(Alberto Caeiro)

FILATELIA







Selos emitidos pelos CTT - Correios de Portugal SA., em 2007

1 de Julho - Série Engenhos de cana-de-açucar da Madeira





1 de Julho - Selo Portugal 2007 Presidência do Conselho da União Europeia












4 de Julho - Motos


2007/07/21

All for LOVE

O AMOR

O amor...
Algo muito complicado...
Amamos quem não queremos
e não amamos quem devemos...
Se o procuras não o encontras,
se o evitas dás de caras com ele...
Umas vezes é longo mas muito calminho,
outras é curto mas muito intenso...
Chega sem avisar e
vem sempre para ficar...
Não quer saber se é bem-vindo nem
dos estragos que fez ou que vai fazer...
E por mais que estejas preparado,
consegue sempre surpreender-te...
Não faz girar o mundo mas
faz valer a pena que o mundo gire...
O amor é algo que...
Simplesmente acontece...

2007/07/20

BOM DIA, MANHÃ!!!!

Anne Murray

LIVRO PARA FÉRIAS


O Diabo veste Prada


Sinopse: Andrea Sachs, acabada de sair da universidade, consegue um emprego fabuloso «pelo qual um milhão de jovens eram capazes de dar a vida»: é contratada como assistente de Miranda Priestly, a editora da famosa revista Runway. No entanto, como assistente pessoal de Miranda, Andrea vê-se forçada a suportar toda uma série de abusos, realizando tarefas como encomendar-lhe o pequeno-almoço, tratar-lhe da roupa suja, fazer de motorista para a cadelinha buldogue francesa, preparar-lhe as viagens… Resumindo, Andrea tem de estar disponível vinte e quatro horas por dia para atender aos seus pedidos, e, ainda por cima, sempre com um sorriso no rosto! Será que um ano de sacrifício, ao serviço de um 'diabo' que veste Prada, não é um preço demasiado alto a pagar pelo emprego da sua vida?! Um livro hilariante, muito fashion, que certamente agradará ao público feminino, e não só, e que deu origem a uma adaptação cinematográfica realizada por David Frankel.
(Ed.Presença)

FILATELIA

Selos emitidos pelos CTT - Correios de Portugal, SA. em 2007

14 de Junho

Maravilhas de Portugal


25 de Junho

Museu Colecção Berardo






2007/07/19


www.hostdrjack.com

Caçador de Sóis

Hoje apetece-me escrever sobre...



Hoje apetece-me escrever sobre um tema que está na moda, amizade virtual. Quantos de nós já parámos para pensar nesta realidade? Entrámos numa corrida desenfreada a tudo quanto é blog, página, ou perfil, não interessa muito o conteúdo das ditas páginas, interessa é deixar a nossa marca, dizer eu também estou aqui, sou mais um a entrar na lista, quantas vezes se confundem amizade com outra coisa qualquer, que de amizade não tem nada, amizade é uma coisa muito séria que se constrói ao longo da vida, ou que pode nascer no primeiro instante em que duas pessoas se cruzam, amizade é o respeito pelos ideais do outro, pela sua privacidade, pelo seu direito ao silêncio, pelo direito de concordar ou discordar, pela sua maneira de rir ou de chorar. Este é o conceito da palavra amizade. Não basta entrar numa página e deixar lá meia dúzia de poemas ou comentários, quantas vezes impróprios para o tema em questão, para se poder falar eu sou amigo, ou eu quero ser amigo de A ou B, a net colocou à nossa disposição um sem número de ferramentas com as quais podemos construir e trabalhar uma longa e proveitosa amizade, (…. sim porque uma amizade também se trabalha, é preciso regar frequentemente para que não morra de sede….) não vamos desperdiçar o nosso tempo e o dos outros em devaneios e divagações que não levam a lado nenhum, vamos empenharmo-nos em fazer deste mundo virtual um lugar onde todos respeitem o espaço do outro, onde se possa compensar a vida tumultuada em que a maioria de nós vive. Acreditem, de vez em quando os milagres acontecem, e as verdadeiras amizades nascem aqui neste cantinho virtual.


A.R.

2007/07/18


URGENTISSIMO !!

SEJAM EXTREMAMENTE CUIDADOSOS,
ESPECIALMENTE SE USAREM OS SERVIÇOS DE INTERNET MAIL,
COMO YAHOO, HOTMAIL, ETC...
ESTA INFORMAÇÃO CHEGOU ESTA MANHÃ,
DA MICROSOFT E DA NORTON.
POR FAVOR MANDEM A TODOS OS SEUS AMIGOS
QUE TÊM ACESSO A INTERNET.
VOCÊ PODERÁ RECEBER
UM APARENTE INOFENSIVO E-MAIL
ANEXADO COM UMA APRESENTAÇÃO DO POWER POINT
INTITULADA "LIFE IS BEAUTIFUL.PPS ".
SE VOCÊ RECEBER
"NÃO ABRA SOB NENHUMA CIRCUNSTÂNCIA"
E APAGUE IMEDIATAMENTE.
SE VOCÊ ABRIR O ARQUIVO,
A MENSAGEM VAI APARECER NA SUA TELA DIZENDO:
"IT IS TOO LATE NOW, YOUR LIFE IS NO LONGER BEAUTIFUL",
OU "É MUITO TARDE, SUA VIDA NÃO É MAIS BELA",

A SEGUIR VOCÊ IRÁ PERDER TUDO DO HD
E A PESSOA QUE O ENVIOU PARA VOCÊ TERÁ PLENO ACESSO
AOS SEUS DADOS.
ESTE É UM NOVO VÍRUS QUE COMEÇOU A CIRCULAR NO SÁBADO À TARDE.
PRECISAMOS FAZER TODO POSSÍVEL PARA PARAR ESTE VÍRUS:
A AOL JÁ CONFIRMOU A SEVERIDADE,
E O ANTIVÍRUS!
OS PROGRAMAS NÃO SÃO CAPAZES DE O DESTRUÍR.
O VÍRUS FOI CRIADO POR UM HACKER
QUE SE AUTODENOMINA
"LIFE OWNER" OU "DONO DA VIDA".

POR FAVOR DIVULGUE-SE

Ray Charles - Georgia On My Mind

A MeninaTranslúcida

A menina translúcida passa
Vê-se a luz do sol dentro dos seus dedos
Brilha em sua narina o coral do dia.
Leva o arco-íris em cada fio do cabelo.
Em sua pele, madrepérolas hesitantes
Pintam leves alvoradas de neblina.
Evaporam-se-lhe os vestidos na paisagem
É apenas o vento que vai levando seu corpo pelas alamedas.
A cada passo, uma flor,
a cada movimento, um pássaro
E quando pára na ponte,
as águas todas vão correndo,
Em verdes lágrimas para dentro dos seus olhos.


Cecília Meireles

2007/07/17

FILATELIA

Selos emitidos pelos CTT - Correios de Portugal, SA. em 2007
9 de Maio


Europa 2007 - 100 Anos do Escutismo
Há 150 anos nasceu, em Londres, o general Robert Stephenson Smith Baden-Powell (1857-1941). A sua heróica participação na Segunda Guerra dos Boers (1899-1902), que opôs os colonos sul-africanos de origem holandesa e francesa ao exército britânico, levou-o a escrever um manual para batedores do exército com instruções sobre como acampar e sobreviver em regiões inóspitas. Um dia viu uns rapazes a criarem brincadeiras com base nesse livro. Entusiasmou-se e, em 1907, resolveu organizar na pequena ilha de Brownsea, no Canal da Mancha, um acampamento com vinte rapazes a quem ensinou primeiros socorros, práticas de observação e técnicas de segurança para a vida na cidade e na floresta. Foi o primeiro acampamento escuteiro (de scout, batedor) da história. Na sequência desta iniciativa, Baden-Powell fundou e organizou as bases do Movimento Escutista que, a partir dos territórios do império britânico espalhados pelos cinco continentes, rapidamente alastrou por todo o mundo.
Em Portugal, surge via Hong Kong e Macau, onde foi instituído em 1911, por iniciativa de Álvaro de Mello Machado, oficial de Marinha que, regressado a Portugal, se empenhou na constituição da Associação dos Escoteiros de Portugal (AEP), fundada em 1913. Dez anos depois foi criado o Corpo Nacional de Escutas (CNE). Além destas duas instituições, também a Associação Guias de Portugal (AGP), vocacionada para a educação de raparigas desde 1931, é membro da Organização Mundial do Movimento Escutista, formada em 1920, actualmente com sede em Genebra, e de que a AEP foi fundadora. Assim, as três corporações têm como objectivo comum a educação de jovens através de trabalhos práticos em equipa, sobretudo ao ar livre, de forma a que estes assumam o seu próprio crescimento e perfilhem valores de fraternidade, lealdade, altruísmo, responsabilidade, respeito e disciplina.

28 de Maio

Moinhos de Vento - Açores

Os primeiros moinhos de vento de que há notícia no arquipélago açoriano datam de 1633, e refere-se a engenhos localizados em Ponta Delgada do chamado tipo "holandês", ou de "torre". Um modelo existente na ilha de S. Miguel, que pode ter a cimalha oitavada ou semiovóide com bico; em Santa Maria, apenas se encontram exemplares do primeiro género e na Graciosa, só do segundo. São moinhos fixos, de pedra, aparentados com os da Holanda, Flandres e Bretanha na forma geral da cupa, do sistema rotativo e do velame. Os da Terceira e do Faial, com características que também remetem para os do Norte da Europa são, de modo geral, mais atarracados e menos poderosos do que os seus congéneres das ilhas orientais. Já os da ilha do Corvo, embora fixos, de pedra, e de "torre", são do tipo português continental do Sul, com tejadilho pousado a meio da espessura da parede. Nas ilhas do grupo central do arquipélago estes moinhos coexistem com os de tipo giratório e de madeira. Uns têm pedestal de alvenaria, de forma troncónico, sobre o qual assenta a casota de madeira com espigão central e predominam nas ilhas de S. Jorge, Terceira e Faial. Nas duas primeiras e na do Pico há também moinhos de construção mais recente, que sobressaem por terem hélice de pás. Típicos de S. Jorge são os moinhos giratórios de madeira, com espigão excêntrico e com rotação sob duas rodas que rolam numa calha circular e que se assemelham aos existentes no litoral centro e norte do território continental.

30 de Maio

Transportes Públicos Urbanos (autoadesivos)















31 de Maio

Arquitectura Contemporânea Portuguesa (2º grupo)

2007/07/16

FOTOGRAFIA




Hoje vou agradecer,
agradecer a Deus a Sua amizade,
dizer-Lhe, que depois de tanto pedir
Ele me concedeu o melhor presente,
que recebi nestes últimos tempos.
Realmente só um ser iluminado consegue trazer ao mundo,
alguém com um grande carisma e um grande companheirismo,
que representa com nobreza a palavra AMIZADE.
Obrigada por fazeres parte da minha vida.

Haja o que houver

Ode à Amizade

Sou de um amor diferente
Dócil escravo, fácil presa
Um sentimento consciente
De muito valor e nobreza

Não permite preconceitos
Não envolve distinções
Mulheres e homens aceitos
Defeitos, virtudes, razões

Do ancião à criança
Há nesta forma de amar
Muita lição e esperança
De o mundo melhorar

Tem este amor a decência
De acatar, com harmonia
O prazer da convivência
No pesar e na alegria

Como exprimir tal amor
Não ser, nos versos, prolixo,
Sintetizar tanto apreço
Como Deus no crucifixo?

Ser, lacônico, entretanto
Sem desprezar a beleza
Sem ferir tanto encanto
Sem perder tal riqueza?

Este poder, já vos digo,
Que tem tal dignidade
É a bênção do amigo
O amor da amizade!

José António Gama de Souza

2007/07/14

FILATELIA

Selos Portugueses emitidos pelos CTT - Correios de Portugal, SA em 2007
17 de Abril
FAUNA MARINHA DA MADEIRA
A presente série filatélica inclui oito espécies representativas de diferentes grupos da fauna marinha da Madeira, aliás extraordinariamente diversa e relevante. Muitas outras, no entanto, poderiam ser seleccionadas com igual legitimidade, como o mero, a freira, o caramujo ou a castanheta, para referir só algumas.
CAGARRA, Calonectris diomedea borealisAve marinha de grande porte e voo planado perto da superfície da água. Nidifica em colónias, ruidosas no início e fim do dia, nas falésias costeiras, em buracos escavados no solo ou em cavidades rochosas. Esta subespécie distribui-se por todo o arquipélago, sendo particularmente abundante nas Ilhas Selvagens. A cagarra é actualmente vulnerável, estando dependente de uma estratégia de conservação.
LAPA, Patella asperaMolusco gastrópode cuja concha pode atingir 7 cm. Vive sobre as rochas na zona das marés, especialmente nas áreas mais expostas às ondas. Distribui-se pelas costas do Atlântico Norte, tendo relevância na gastronomia madeirense.
BÚZIO, Charonia lampasMolusco de grandes dimensões (pode atingir mais de 30 cm), sendo mesmo o maior búzio do Atlântico Norte europeu. Muito apreciado em termos gastronómicos, vive habitualmente em fundos rochosos, onde se desloca lentamente e se alimenta.
PEIXE-ESPADA PRETO, Aphanopus carboPeixe carnívoro de aspecto feroz que pode atingir mais de metro e meio de comprimento. Vive em cardumes que nadam em profundidades variáveis entre os 700 e 1500 m, durante o dia, fazendo migrações para águas mais superficiais durante a noite. Alimenta-se de peixes, lulas e crustáceos e tem grande importância na gastronomia da Madeira.
BODIÃO, Sparisoma cretensePeixe litoral, comum nos arquipélagos dos Açores, Madeira e Canárias, também conhecido por Veja, Vieja ou Papagaio. As fêmeas são vermelhas e amarelas, os machos cinzentos, atingindo os maiores exemplares cerca de 50 cm de comprimento e 3 kg de peso. Deslocam-se lentamente em pequenos cardumes junto aos fundos rochosos, onde se alimentam de algas calcárias e de pequenos invertebrados.
TARTARUGA-BOBA, Caretta carettaRéptil migrador que atinge um comprimento de carapaça de 1,2 m no estado adulto. Nas águas da Madeira encontram-se quase exclusivamente exemplares jovens, com cerca de metade destas dimensões. Vive predominantemente no mar alto, e alimenta-se essencialmente de alforrecas e lulas. A grande maioria das tartarugas desta espécie existentes na Madeira nasceu nos areais das costas da Florida, E. U. A.
FOCA-MONGE, Monachus monachusTambém designada lobo-marinho, é um dos mamíferos em maior perigo de extinção, existindo em todo o mundo escassas centenas de exemplares, na sua maioria nas costas da Mauritânia. Na Madeira, nas Ilhas Desertas e na Ponta de São Lourenço, reside uma população com mais de 25 indivíduos em processo de recuperação e crescimento. O lobo-marinho pode atingir 3 m de comprimento e 400 kg de peso. Bom nadador, repousa em terra e abriga-se em praias no interior de grutas, alimentando-se de peixes, moluscos e crustáceos.
ANÉMONA-GIGANTE, Telmatactis cricoidesÉ um animal do grupo dos celenterados, com simetria radial e aparência de uma flor exótica, com cores variáveis. Vive fixado às rochas de fundos litorais, sempre resguardado da luz solar, em fendas ou grutas, podendo alcançar 40 cm de diâmetro.

19 de Abril
Barragens de Portugal
A década de 40 do séc. XX é um marco na história da engenharia civil e do aproveitamento hidroeléctrico em Portugal. Em 1948, foi criado o LNEC - Laboratório Nacional de Engenharia Civil com a dupla missão de fazer investigação e experimentação nesta área do conhecimento. Dois anos antes tinha sido publicada a lei que definiu as linhas mestras da electrificação do País. E, em 1948, é instituída a Comissão Nacional Portuguesa das Grandes Barragens que, desde logo, integrou a International Commission on Large Dams.
O envolvimento imediato do LNEC nos estudos de barragens levou à criação, em poucos anos, do Departamento de Barragens de Betão. Até 2005, em pouco mais de cinquenta anos, portanto, o Núcleo de Modelação Matemática e Física da instituição realizou 111 modelos de barragens, sendo 20 da Europa, 6 de África, 7 das Américas, 9 da Ásia e 40 de Portugal. Elaborou, ainda, 76 modelos matemáticos.
Nesta emissão de selos são mostradas quatro barragens - Aguieira, Valeira, Alto Lindoso e Castelo de Bode - vistas segundo duas perspectivas: enquanto obras grandiosas de engenharia e como modeladores da paisagem envolvente e das suas potencialidades turísticas. Além disso, representam diversos tipos de rendimento destas infra-estruturas, como a transformação da energia hidráulica em energia eléctrica, irrigação, controlo de caudais de cheia, fonte de abastecimento de água para consumo público e para incrementar a navegabilidade dos rios.
A Barragem da Aguieira, que entrou em funcionamento em 1981, situa-se em Penacova/Mortágua, na foz do rio Dão. Tem 89 m de altura e 400 m de comprimento. Além de gerar e distribuir electricidade, regulariza a irrigação agrícola e o controlo da subida das águas no Baixo Mondego.
A montante do Douro, foi edificada, no concelho de S. João da Pesqueira, a Barragem de Valeira. Concluída em 1975, além de fornecer electricidade, contribuiu sobremaneira para a viabilização da navegabilidade do rio, corrigindo um desnível de 32 m, um cachão em que, até à sua construção, se perderam bens avultados e naufragaram muitos homens, entre eles o Barão de Forrester, influente escocês produtor e exportador de vinho do Porto.
A Barragem do Alto Lindoso, no curso do rio Lima, em Ponte da Barca, concluída em 1992, encontra-se dentro do Parque Nacional Peneda-Gerês. É o maior e o mais potente produtor hidroeléctrico do País e, com a cota de coroamento a 339 m, é também uma das construções mais altas.
Entre as importantes barragens portuguesas, a Barragem do Castelo de Bode, sendo também uma das mais antigas (1951) é ainda uma das de maior comprimento: 402 m. Integrada na bacia do Zêzere, em Tomar/Abrantes, além de produzir energia eléctrica, é aproveitada para a captação da água que abastece Lisboa, regulariza o caudal do rio e é um lugar muito procurado para a prática de actividades recreativas, como a vela, o remo, a pesca e o windsurf.

Encosta-te a mim

2007/07/13

HOJE, é Sexta-Feira 13



A sexta-feira 13 está cercada de superstição. Ver um gato preto, passar debaixo de escada, sentar à mesa com mais doze convidados (somando treze), partir um espelho... Supostamente dá azar. O número treze, em muitos lugares do mundo, em especial no ocidente, representa a símbolo de mau agrouro. Na Europa, por exemplo, grande parte dos hotéis não possui o 13º andar, pulando do 12º ao 14º na numeração.

Na bíblia - Uma das razões de se ter criado o mito da sexta-feira 13 parece estar ligada à história da Bíblia. Segundo o Padre João Fagundes, da Igreja Nossa Senhora da Glória, em Juiz de Fora, o Novo Testamento conta que Jesus Cristo, na Última Ceia, sentou-se à mesa com os apóstolos, que ao todo, incluindo Jesus, eram 13. Muitas pessoas consideram Judas o 13º apóstolo, justamente quem entregou Jesus e o levou à morte na Sexta-feira da Paixão. Assim, graças ao episódio bíblico, a sexta-feira 13 passou a ser lembrada como um dia fatídico, ligado à morte.

Na história - Diz-se que a maldição do dia foi fruto de uma briga entre o rei francês Filipe, o belo, e a Ordem dos Templários, no século XIV. Na época, a França estava próxima da falência econômica e Filipe resolveu cobrar impostos da Igreja. Excomungado pelo papa Bonifácio VIII, que se indignou diante da decisão da cobrança, o rei tentou aproximar-se da Ordem dos Templários (um grupo de cavaleiros cristãos), pretendendo uma reconciliação com a Igreja. Filipe, o belo, não foi aceito na Ordem e, como vingança, ordenou a prisão e tortura de cinco mil cavaleiros. O dia era uma sexta-feira, 13 de outubro de 1307.

Há pessoas que marcam a nossa Vida


Há pessoas, que marcam a nossa vida de uma forma tão intensa...
Não sabemos o porquê mas elas simplesmente não passam... permanecem enraizadas no nosso coração, sem que queiramos evitar isso mesmo.
Há pessoas que não saem da nossa vida e mesmo sem estarem próximas fazem-se sentir presentes e ficam assim…
Porque são pessoas que marcam... marcam para sempre a nossa vida!
Muitas colocam a vitória no nosso coração e dão-nos ânimo na derrota para começar de novo.
Existem pessoas que nos marcam, porque nos apoiam nos momentos difíceis ou porque nos fazem passar por um momento inesquecível e nos dão valor para os detalhes nas coisas mais simples.
Ajudam-nos a levantar quando caímos ou fazem-nos ver de um novo ângulo e nos dão uma solução para os nossos problemas.
Mas existem pessoas que nos marcam simplesmente, por serem elas mesmas e isso é muito mais valioso.

Basta um sorriso, uma palavra, uma acção.
Basta sentirmos que somos importantes para alguém…

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É SÓ RIR...

CAMINHANDO...


Pesa o peso do agora
embora seja ele passageiro
pesa o peso que desativa a caminhada,
prostrando o caminhante
aqui ou,
à beira da estrada...
Largo de mim,
abandono o que fui criando
metas...
o que motiva e contribui...
Quero passar meus passos ao além
não me prostrar,
vou caminhar ...
Desesperança não consegue acompanhar
até tentou,
mas eu decido não ser refém!
Peregrinando sigo o rumo.
Subo montanhas,
desço em vales...
E no consumo da energia me desprendo,
quanto mais suo
mais eu vivo
e mais aprendo!

2007/07/12

Em Portalegre - Acesso na escuridão

A foto acima refere-se ao acesso à Rua 1º. de Maio, pelas traseiras da Rua Luís de Camões.
A escuridão afecta grandemente muitos cidadãos que utilizam frequentemente esta zona da nossa cidade, pois é uma ligação da Zona Histórica e de Comércio ao estacionamento automóvel, junto aos terrenos da antiga Moagem.
Já várias pessoas tiveram de inverter a sua marcha, ou prosseguir, por sua conta e risco, com alguns incidentes no caminho.
Apelo, por isso, a quem de direito, para que possa resolver, rapidamente esta situação anómala.
J.B.

FILATELIA




Selos Portugueses emitidos pelos CTT - Correios de Portugal, SA, em 2007
15 de Março


Grandes Artistas Portugueses - 1ª Série (Manuel Cargaleiro)
Artistas Portugueses

Manuel Cargaleiro nasceu em Chão das Servas, Vila Velha de Ródão, 1927, viveu no Monte da Caparica desde 1928, ingressou no Curso de Geografia e Ciências Naturais da Faculdade de Ciências de Lisboa, 1946, optando logo depois pela Pintura e a Cerâmica.
Em 1957, bolseiro do Instituto de Alta Cultura, estuda Cerâmica em Itália, e a partir de 1958 fixa-se em Paris, cidade de referência para a sua vida e obra e onde ainda reside, partilhando-a na actualidade com Lisboa.
A obra gráfica e pictórica de Manuel Cargaleiro inscreve-se primeiro num movimento internacional de Abstracção em torno da Escola de Paris, intenso nas décadas de 1950 e 1960, caracterizada pela eloquência do gesto imediato, da cor em si e da exploração infinita de espaços absolutos.
Assente nestes princípios evolui para o registo de referentes concretos, entre espaços construídos e morfologias naturais, incidindo no seu imaginário a verticalidade das catedrais, o reticulado de cidades e janelas, as quadrículas dos azulejos a par do gesticulado das árvores, o ritmo repetitivo de flores e folhas, transpostos em pinceladas breves e em manchas dinâmicas, evidências do acto estrutural de pintar.
Revelam-se então vastas memórias: as catedrais góticas e as metrópoles cosmopolitas, os ritmos do casario português e a simplicidade rústica dos campos, a luminosidade das atmosferas, a melancolia lusa mas sobretudo a pulsão da vida, pelo prazer dos sentidos e pela alegria demonstrada como essência do ser.
A Cerâmica é para Manuel Cargaleiro outra disciplina preferida, trabalhada na olaria de José Trindade, Monte da Caparica, 1945, reforçada na aprendizagem com Jorge Barradas na Fábrica de Cerâmica Viúva Lamego, Lisboa, 1949, desenvolvida na criação de formas e matérias fulgurantes, numa atitude anticonvencional e experimentalista mantida até à actualidade, assim consagrando a tradição portuguesa da Cerâmica e do Azulejo.
Representado no Museu Nacional do Azulejo, Lisboa, a sua Cerâmica concentra-se no Museo Cargaleiro, Vietri Sul Mare, Itália, e, a par da Pintura e do Desenho, no Museu Manuel Cargaleiro, Castelo-Branco, um dos pólos da Fundação Manuel Cargaleiro cuja vocação é estimular a criação moderna nas Artes Ornamentais.

Paulo Henriques. Director do Museu Nacional do Azulejo

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17 de Março
200 Anos dos Tribunais de Contas na Europa





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23 de Março

50 Anos da Assinatura do Tratado de Roma



50 ANOS DO TRATADO DE ROMA

Em 2007 celebra-se o 50º aniversário da assinatura dos Tratados que instituíram a então Comunidade Económica Europeia e o Euratom. Com efeito, estes Tratados foram assinados, no Capitólio, em Roma, a 25 de Março de 1957.
Várias iniciativas destinadas a assinalar a data de assinatura dos 50 anos do Tratado de Roma, serão organizadas nos Estados membros no início do próximo ano.
A Comissão Europeia espera que os eventos que marcarão o 50º aniversário da assinatura dos Tratados, farão os cidadãos reflectir sobre a Europa que desejam para o futuro. A Europa é muito mais do que um simples mercado. E é por isso que deveríamos utilizar esta ocasião para mostrar aos cidadãos europeus que a União Europeia também trata do desenvolvimento sustentado, da cidadania, da igualdade de oportunidades entre homens e mulheres, da mobilidade dos estudantes universitários, dos direitos dos consumidores, da segurança dos cidadãos, entre outros assuntos.
Na altura em que Robert Schuman falava em -reconciliação criativa-, no início da década de 50 do século passado, a Europa era um projecto considerado universalmente como positivo. Hoje devemos ganhar essa aprovação e, para isso, temos de avançar em termos de transparência, de democracia e de diálogo.

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30 de Março
Série Transportes Públicos Urbanos 1º Grupo

Transportes Públicos UrbanosEmissão Base (1º Grupo)

A atracção da cidade constitui um acontecimento cujo registo histórico foi, desde sempre, documentável. Em 1837, inicia-se em Lisboa um processo de inovação com o estabelecimento da Companhia dos Barcos a Vapor do Tejo e Sado. Em 1856, foi inaugurado o Caminho de Ferro do Leste, ligando Lisboa ao Carregado. Por esta época, organizam-se em Lisboa as primeiras empresas de transportes urbanos de tracção animal (com as carroças do ¿Chora¿, do Joaquim Simplício, ou os trens, landaus, breaks ou char-à- bancs da Companhia de Carruagens Lisbonense), seguindo-se, vinte anos depois, a inovação dos "americanos" sobre carris. A cidade que crescera ao longo da margem, inicia com os transportes urbanos a ocupação do seu território interior criando zonas de descompressão urbana.O Caminho de Ferro acelerou os grandes fluxos migratórios de atracção para Lisboa e Porto. As cidades crescem numa primeira fase dentro do seu perímetro urbano, como Lisboa, com a "estrada de circunvalação" delimitada pelo largo de Alcântara, Maria Pia, Alto de Campolide, Duque de Ávila, Morais Soares, Cemitério Oriental da Cidade. Numa segunda fase, a cidade expande-se para a periferia, com o limite impreciso da sua fronteira. É o início de um processo longo que chega aos nossos dias, em que o "centro" se despovoa de residentes, por transferência dos mesmos para o território suburbano, crescendo exponencialmente a procura do transporte, perante o aparecimento de um novo mercado, da mobilidade.



Não é poeta aquele que rima.
É poeta quem em prosa combina palavras que descrevam a beleza de tudo o que o rodeia.
È aquele que faz com que sintamos o amor e a paixão numa cena quente,
aquele que nos gela o coração numa cena triste.
È quem nos transporta para outros mundos encantados,
aquele que com as palavras nos envolve em fantasia.
Ser poeta também é escrever em versos em forma de vela de navio,
é desvendar os sonhos,
embrulhar romance em folha de jornal,
colocar um barco de casca de nós nas águas de um ribeiro.
Ser poeta é....

(Anónimo)

2007/07/11

REGISTO COM AGRADO A MILÉSIMA VISITA AO MEU BLOG.
AGRADEÇO A TODOS VÓS QUE CONTRIBUIRAM PARA QUE ESSE OBJECTIVO FOSSE ATINGIDO.

João Belém

Se eu fosse um dia o teu olhar



Olhar

O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de, vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo...
Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender ...
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...
Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar ...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar...

(F.Pessoa - A.Caeiro)

FILATELIA

Selos Portugueses emitidos pelos CTT - Correios de Portugal, SA, em 2007
15 de Fevereiro


EM BUSCA DA LISBOA ÁRABE

Em 711, os Árabes, comandados por Al-Tarik, cruzaram o estreito que, mitologicamente, Hércules abriu para ligar o Mediterrâneo ao Atlântico e invadiram o Reino Visigótico de Toledo, que se estendia até à presente costa portuguesa. Um dos seus filhos, Abdelaziz ibn Musa, liderou a conquista do Gharb Al-Andalus (o ocidente do Al-Andalus, designação árabe da Península Ibérica), tomando al-Ushbuna, cidade na foz do Tejo fundada pelos Fenícios por volta de 1200 a. C. Depois do declínio provocado nos três séculos anteriores por razias e pilhagens, a actual Lisboa renasce como grande centro administrativo e comercial, na rota do tráfego marítimo Sul-Norte. Estima-se que no séc. X teria 100 mil habitantes, quando Paris e Londres tinham entre 5 e 10 mil.
Concomitantemente, a cidade é reconstruída e renovada de acordo com os padrões do Médio Oriente. É edificado um castelo - que está na origem do actual castelo de S. Jorge -, uma alcáçova (palácio) para o governador, um alcácer, fortificação muralhada envolvendo a almedina ou centro urbano. Na sequência desse progresso, cresceu o bairro de Alfama, adjacente ao burgo original.
Entre os séculos IX e X foi construída uma grande mesquita vermelha, arrasada em 1147, aquando da tomada de Lisboa por D. Afonso Henriques. Comprovadamente, o rei Fundador erigiu sobre as suas ruínas a igreja matriz da cidade, que seria elevada a catedral metropolitana por D. João I, em 1393.
Como a religião muçulmana não consente a representação de seres animados, as artes plásticas árabes mais fecundas são a Caligrafia, o Arabesco - ornamentação não figurativa - e a Arquitectura. Assim, são deste âmbito a maior parte dos vestígios existentes em Lisboa da presença islamita, sendo ela mesma a fonte inspiradora do estilo revivalista neo-árabe que caracterizou, sobretudo na viragem do séc. XIX para o séc. XX, alguma arquitectura de gosto oriental.


28 de Fevereiro

TRAJES REGIONAIS PORTUGUESES
O Homem é um reflexo do meio que habita, o qual, por seu lado, espelha a intervenção daquele. Esta relação dialéctica tem uma expressão significativa no jeito de estar e de viver das populações, particularmente, no seu modo de trajar. País atlântico e mediterrânico - na arguta caracterização de Orlando Ribeiro -, montanhoso a norte e de peneplanície a sul, "bordado de mar", como disse Torga, nele coexistem distintos modos de exploração dos recursos naturais e, portanto, diferenciados trajes de trabalho, de festa ou de cerimónia. Nas romarias, a lavradeira do Minho, província bem irrigada e de boa aptidão agrícola, gosta de mostrar-se com roupa vistosa, de pôr lenços coloridos e ostentar o seu aforro de filigranas de ouro. É o chamado traje à "Vianense", que apresenta alterações de algumas aldeias para outras. No casamento, a noiva minhota traja de preto e com o peito repleto de ouro: Na cabeça leva véu ou bobinete branco e segura na mão um ramo de laranjeira com um lenço branco.Nas serranias do interior minhoto, nas Terras de Barroso e no planalto transmontano - onde se vivem dez meses de Inverno e três de Inferno - a terra é mais madrasta. Predomina a cultura de cereais pobres, como a aveia e o centeio, com algum milho, a par da pastorícia de gado bovino e caprino. A roupa, de tecido de lã pisoado, é mais sombria. Prevalece o burel castanho ou cinzento escuros. A mulher usa uma capa-capuz de saragoça que a cobre da cabeça até ao meio das pernas. Eles e elas, nas ocasiões especiais, vestem blusas e camisas alvas de linho bordadas.Muito peculiar é a região de Miranda do Douro, onde se fala e aprende o dialecto mirandês e os homens bailam a Dança dos Pauliteiros. As origens deste folclore são incertas e as opiniões divergem. Para o Abade de Baçal, as saias curtas e enfeitadas, os chapéus ornamentados, as tiras de linho e os lenços multicolores dos trajes actuais são uma estilização das fardas dos soldados greco-romanos e a coreografia dos lhaços remete para a dança pírrica grega, em que os intervenientes se colocavam em duas filas, com armas e escudos de pau, e simulavam o ataque e a defesa numa batalha. Emblemática é também a Capa de Honra mirandesa. Traje talar, de burel, pode ser veste dos boieiros - menos perfeita e menos cuidada - e indumentária de festa - mais ampla, mais trabalhada. Em ambas, do decote nasce a capa, a sobrecapa e o capuz. A capa é comprida e ampla, cortada em viés, aberta na frente. A sobrecapa desce até à zona do cotovelo. Bordada e pespontada, é rematada por franjas largas. O capuz, com capeto, inteiramente bordado, termina numa larga faixa, denominada Honra, cujo tamanho varia consoante a riqueza e importância social de quem a enverga. Também é bordada, pespontada e ultimada com uma franja.A sul do Alto Douro, estende-se a Beira Interior, a Alta e a Baixa, até ao Tejo Superior e Transfronteiriço. A paisagem é marcada pelas cadeias montanhosas, orientadas de noroeste para sudeste, como as serras de Montemuro, da Gralheira e do Caramulo; as serras da Estrela, da Lousã e de Montejunto e a serra da Gardunha. Nestas províncias do Centro Interior, só 15 por cento da terra é arável, ponteada aqui e ali por pequenas bolsas onde é possível arrotear 30 por cento da área. Como sublinha Gonçalo Ribeiro Telles, em "Raízes" (http://raizes.blogs.sapo.pt/), -Há muito que a pastorícia, e não a floresta, domina a Serra da Estrela. Por esse facto, o heróico Viriato, símbolo da resistência às legiões romanas, era um pastor.» Provavelmente ele e outros que apascentavam gado deviam proteger-se da chuva e da neve vestindo por cima da roupa uma croça (do latim crocea) constituída por uma capa e uma sobrecapa tecidas de palha, utilizando técnicas de cestaria e que terá surgido no Neolítico (12 000 a. C. - 4000 a. C.). Já a caroça é composta por cabeção e "saia" de junco, dispostos paralelamente no sentido longitudinal, amarrados entre si por um fio entrelaçado. Por vezes, o homem utiliza polainas, enrolados nas pernas, feitas do mesmo material e interligadas com as restantes peças. O traje é completado por um chapéu de feltro preto e tamancos de couro de cor natural com sola e tacão de madeira. Existem ainda alguns modelos em que tem a forma de uma capa com capuz, apoiando-se directamente sobre a cabeça do seu utilizador. Sendo um vestuário prático, de confecção fácil, rápida e barata, perdurou quase até à actualidade. O litoral a sul de Setúbal é pouco povoado e quase não tem portos de abrigo naturais. Para norte, até Caminha, pelo contrário, a costa está pontuada de inúmeras vilas piscatórias e os trajes são muito variados. No Douro Litoral sobressai a camisola poveira, do pescador da Póvoa de Varzim, cor de lã, ornamentada com siglas poveiras "hieroglíficas", que funcionam como um sistema de comunicação visual simples. Na orla marítima da região meridional vizinha, a Beira Litoral, o pescador usa ceroulas e camisa de flanela de diferentes cores, sendo a camisa de desenhos com quadrados estampados e de cor garrida, faixa de algodão e carapuça de lã pretas, meias grossas e tamancos. E, entre estes, o homem pescador da Nazaré veste, igualemente, camisa aos quadrados, mas usa calça lisa, quase sempre de cor preta e um barrete típico.Também a mulher da Nazaré se veste no dia-a-dia de forma deveras original, sobressaindo em qualquer contexto. Nazarena é sinónimo de mulher de sete saias. Desconhece-se, em rigor, a origem deste uso antigo. Sete saias coloridas, segundo a lenda, por serem sete os dias da semana e sete as cores do arco-íris. Ou porque o número sete está carregado de superstições. Também se diz que surgiu por necessidade: quando os pescadores andavam na faina, as mulheres esperavam-nos sentadas na areia, envoltas nas suas saias que as protegiam do frio e da maresia que se fazia sentir pela madrugada. Por cima delas, põem um avental colorido. Nos vales do interior, os camponeses, nas ocasiões especiais, trajam jaqueta de saragoça, como botões de fantasia, camisa branca, de colarinho baixo, cintada por uma faixa encarnada, enrolada com perícia. Quando a Alta Estremadura interior se estende para sul, começa o Ribatejo. Aqui as mulheres do meio rural calçam sapatos de couro não tingido, meias grossas e três ou quatro saias até meio das pernas. Para trabalhar, arregaçam a de cima, melhor que as outras, e enrolam-na de um jeito próprio. Da indumentária do homem das lezírias e das campinas - o campino - fazem parte: calção azul, colete encarnado, barrete verde, camisa branca sem colarinho, meias brancas de canhão bordado e sapatos pretos com saltos de prateleira onde entram as esporas presas a correias afiveladas, que o ajudam a dominar o cavalo, seu instrumento de trabalho, a par da vara. Na sua lida de vaqueiro, veste-se do mesmo modo, embora menos aperaltado. Para ocidente, a norte da foz do Tejo, fica a região saloia que durante séculos abasteceu a capital. A saloia traz blusa de chita ou riscado, muito justa na cintura, e saia de roda até ao cano da bota de botões. À frente, ata um alegre avental bordado. O seu parceiro não dispensa a cinta preta, franjada nas pontas, e o carapuço de borla. Como refere Cristina L. Duarte no livro Trajes Regionais - Gosto Popular, Cores e Formas, editado pelos CTT, -No Alentejo há duas peças que sobressaem: a "manta alentejana", tecida de listas coloridas, que usavam os pastores traçada ao ombro, e o "capote". Este desce até ao chão e possui uma gola, em regra de pele de raposa. Tem uma ou duas romeiras sobrepostas até à cinta. Pode ser de mescla, briche (tecido de lã semelhante à saragoça, mas mais fino) ou burel.

2007/07/10

A amizade
é uma história particular. É uma história de conquista. Primeiro, descobre-se o outro. Toda a gente parece igual, mas não é. E é justamente essa coisinha diferente em cada um que torna cada pessoa única. E de repente ali está a sementinha da amizade fecundada. A gestação começa. São pedacinhos de nós que vão ficando nas conversas e pedacinhos do coração do outro que vão caminhando para dentro de nós. Há os risos e os sorrisos, a partilha de coisas simples ou de coisas importantes. As descobertas, cheias de surpresas muitas vezes. A voz calada que pensa, não diz nada... adivinha!... Fazemos ideia imediata de uma pessoa ao primeiro contacto. Julgamos? Talvez. E só os próximos dias, horas ou instantes vão nos dizer se julgamos certo. Acontece de nos termos enganado em certos pontos e quantas vezes não bendizemos isso! Claro que ninguém gosta de estar enganado. Se todos os enganos fossem assim abençoados!... A sensibilidade do outro nos toca. Dá até vontade de chorar. Não sabemos direito o porquê de nos sentirmos próximos de alguém assim tão longe, tão diferente e tão igual. Mas amizade, como o amor, não se questiona. Vive-se. Dela e para ela. É preciso dar tempo ao tempo para se saber cativar e ser cativado. Quando saímos às pressas sempre temos o risco de deixar alguma coisa esquecida. Mas se tomamos o tempo de olhar bem, reflectir, conversar, conversar e conversar... e rir e brincar e ficar em silêncio!... Se deixamos que essa flor nasça cuidadosa e docemente... aos poucos ela vai vendo a luz do dia. Maravilhando-se. Contemplando o outro com novos olhos, ou nova maneira de olhar. Tudo vira encanto! Que o outro ria de mim ou para mim, mas que ria! Gargalhe, faça festa!... Que eu seja nem que seja por um pouco responsável por esse rosto iluminado, por essa vontade de viver e de ver o que virá depois. Bendita seja essa gestação amiga! Sem prazo, sem tempo, sem hora marcada! Bendita seja essa amizade, essa prova de que Deus se faz conhecer através das pessoas que alcançam e entram no nosso coração.
L.Thompson

2007/07/09

Sentir o Mar...



Gostava de estar perto de ti,
Ó Mar!
De provar as tuas águas,
Os teus sais.
De sentir as tuas ondas,
Os teus ais.
Gostava de te ver saltar
Entre os seixos dos ribeiros,
Nessas alamedas estreitas donde vens.
Ondes nasces, ó Mar?
Gostava de me vestir com o teu lençol
Azul cristalino,
De algas finas
De verde marinho.
Gostava de saber nadar com os teus peixes,
Coleccionar as tuas conchas, ó Mar!
Gostava tanto, mas tanto de estar aí,
Ao pé ti!

J.B.



Corto Maltese,
a minha banda desenhada preferida



Segundo a biografia de Michel Pierre, Corto Maltese nasceu em Malta em 10 de Julho de 1887 filho de uma cigana de Sevilha, belíssima e admirável dançarina de flamenco. A lenda diz que o pintor Ingres esteve perdidamente apaixonado por ela, ao ponto de lhe ter feito um vibrante retrato. O seu pai era um marinheiro britânico, originário da Cornualha, descendente de uma família que tinha por tradição não se alistar na ìRoyal Navyî. O pai de Corto, um marinheiro ruivo e de porte poderoso tinha três paixões - o mar, o whisky irlandês e as lendas célticas.Não se sabe ao certo quando morreu. Alguns afirmaram que desapareceu no mar, outros que foi assassinado em Cantão, por membros de uma tríade chinesa e por fim houve quem jurasse que terminou os seus dias numa briga sórdida na Austrália. Sabe-se é que frequentou todos os portos do mediterrâneo em múltiplas escalas, tendo numa dessas conhecido a bela cigana de Sevilha, tendo-a seduzido com o seu mau espanhol, contando-lhe lendas do seu país cheias de brumas e sons estranhos.

2007/07/08

Lançamento do Jornal «Notícias do Estrela", propriedade do Sport Clube Estrela e Coordenado pela Direcção (in Jornal Fonte Nova http://www.jornalfontenova.com/index.php?option=com_content&task=view&id=4900&Itemid=130)











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