2007/06/29
De acordo com a doutrina Católica e Ortodoxa, o apóstolo Pedro, depois de ter exercido o episcopado em Antioquia, tornou-se o primeiro bispo de Roma. Segundo os católicos e ortodoxos, depois de solto da prisão em Jerusalém, o apóstolo viajou até Roma e aí ficou até ser expulso com os judeus e cristãos pelo imperador Claúdio, época em que voltou a Jerusalém e participou da reunião de apóstolos sobre os rituais judeus no chamado Concílio de Jerusalém. Após esta reunião, ficou em Antioquia (como o seu companheiro de ministério, Paulo, afirma em sua carta aos gálatas) e, depois de passar por várias cidades, inclusive, segundo o bispo São Dionisio, por Corinto, na Acaia, retornou a Roma e morreu aí entre 64 e 67 d.C.
Além de várias comprovações históricas, a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa têm como prova bíblica desta sua estadia em Roma a 1ª carta do próprio Pedro, em que diz: "a Igreja que está em Babilônia vos saúda, assim como o meu filho [ajudante] Marcos" (capítulo 5, verso 13). Na opinião quase unânime de estudiosos, a "Babilônia" é, na verdade, a cidade de Roma (uma vez que, por temer que os soldados descobrissem sua morada nesta cidade, Pedro preferiu chamar Roma com o pseudônimo "Babilônia", assim como outro livro bíblico, o Apocalipse de João, também o faz).
A comunidade de Roma, para os católicos, assim como para os ortodoxos, foi fundada e ensinada pelos apóstolos Pedro e Paulo e é considerada a única comunidade cristã do mundo fundada por mais de um apóstolo e a única do Ocidente instituída por um deles. Por esta razão, os católicos crêem que a comunidade de Roma (chamada atualmente de Santa Sé) tem o primado sobre todas as outras comunidades locais (dioceses) e o seu bispo (denominado também de "papa") é respeitado como o pastor universal da Igreja Católica, cabendo-lhe direitos e deveres para com todos os fiéis católicos. De acordo com eles, o ministério de Pedro continua sendo exercido até hoje pelo papa, assim como o ministério dos outros apóstolos é cumprido pelos outros bispos unidos a ele, que é a cabeça do colégio episcopal (conjunto dos bispos católicos). A sucessão petrina (papal) começa com São Lino, em 67, e atualmente é exercida pelo papa Bento XVI.
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