2008/11/17

Pequenos Nadas...

Quantas vezes ela nos foge por entre os dedos das mãos como areia solta.
Até mesmo o amor que ela gera, se esfuma de um segundo para o outro e se transforma em frustração.
Quando se envolve numa amálgama de posses e haveres, o risco de fracasso eleva-se e algo se perde e não se recupera nunca mais.
De um momento para outro momento, sem que consigamos salvá-lo, o tempo, o espaço, as pessoas mudam, vertiginosamente; a atitude transforma-nos em alvos fáceis. Todas as lâminas aguçadas nos apontam, apressam-se para nos trespassar a alma, o coração já quebrado de ilusões.
E assim, tudo o que num dia é belo, imediatamente pode tornar-se noite escura e gélida.
E aquela coisa maravilhosa a que eu chamava Felicidade, é algo tão insignificantemente efémero, que a solidão que assola este meu refúgio se torna apetecível sentir.

J.Belém (17/11/2008)

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