2007/09/16
BOCAGE
A frouxidão no amor é uma ofensa
E a paixão quer paixão, fervor e extremo.
Ler Bocage dá-nos sempre a recompensa
De sentir, p’la poesia, amor supremo.
De Bocage sempre quis sua ousadia,
A mestria e dotes de improvisação,
Ter sua alma que entre nós anda vadia
Espalhando espiritualismo p’la Nação.
Lírico e sonetista de forma rara,
Descuidado, impertinente e libertino,
Manel Maria, vulgo, Elmano Sadino,
Encontrou na boémia o que buscara.
Adulador, indiscreto, apaixonado,
Extrovertido, gozador e popular,
Foi ao extremo e por extremos condenado,
Por ter ousado os intocáveis provocar.
Fez do riso e do gozo a sua espada
Empunhada contra falsos moralistas,
Fez da escrita a bandeira na cruzada
Que encetou contra reles colunistas.
Abgalvão
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