2007/08/27

Voltar a falar de amizade

Sempre que tenho um tempinho gosto de entrar, e cuscar, pela infindável lista de páginas que estão ao dispor de qualquer cibernauta, mais ou menos experiente. Hoje pela manhã não pude deixar de sorrir ao ler um texto que encontrei numa dessas visitas, queixava-se a pessoa que o escreveu, da maneira como muitos encaram esta coisa de amizade virtual, vocês vão pensar que sou louca sorrir porquê? Não será a amizade uma coisa muito seria, seja ela virtual ou não, claro que sim, dai o caricato da questão, nesta nossa correria atribulada, entre casa, emprego, o preço da gasolina que aumentou de novo, e mais um sem números de problemas com que nos deparamos todos os dias, corremos os risco de um dia acordarmos e não sabermos se nós próprios somos reais ou virtuais. Começa a ser hora de sabermos separar as águas, sites, blogs e clãs servem para nos exprimirmos, e para dar asas à nossa imaginação, mas sempre tendo em conta, que, quem nos visita, ou quem nós visitamos, tem todo o direito de não partilhar das nossas ideias, não é por eu, ou você pedir para entrar numa qualquer lista, que vamos virar amigos do dono da página, já reparou na quantidade de pessoas com que você se cruza todos os dias, no autocarro, na pastelaria onde toma o pequeno – almoço, no quiosque onde compra o jornal, etc., são quase sempre as mesmas caras ás mesmas horas, e na maioria das vezes nem reparamos nelas, o mesmo acontece na net, tem pessoas com as quais nos identificamos, e aos poucos vamos construindo uma relação de afectividade, e em alguns casos nasce uma sólida amizade, mas tem outras que não nos dizem absolutamente nada, e ponto final, nestas coisa de amizade não à volta a dar, ou existe o tal ponto de atracção que nos junta, ou não existe, e não é por isso que vamos começar a andar à bofetada só porque a, b, ou c não quer mais continuar a ser membro do nosso clã, ou não quer mais estar na nossa lista de amigos.
E como Goethe escreveu
(Conhecer alguém aqui e ali que pensa e sente como nós, e que embora distante, está perto em espírito, eis o que faz da Terra um jardim habitado)
A.R.

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