2010/10/31

Campos e Holowczyc garantem títulos em Portalegre

Kryzstof Holowczyc, na Taça FIA de Bajas
e Filipe Campos,
no
Campeonato Nacional,
acabam por ser os pilotos com maiores motivos
para fest
ejar no final da 24ª edição da Baja BP Ultimate Portal
egre 500

Numa prova realizada debaixo de difíceis condições atmosféricas como foi a 24ª edição da Baja BP Ultimate Portalegre 500, o piloto polaco Kryzstof Holowczyc e o português Filipe Campos acabaram por ser os grandes vencedores da jornada já que o primeiro alcançou a vitória na prova, o que lhe permitiu vencer a Taça FIA de Bajas, naquele que foi, ainda, o seu primeiro triunfo em Portugal. Por seu turno, o piloto luso alcançou um dos seus principais objectivos que era o de garantir a conquista do terceiro título consecutivo, e quarto na carreira, de Campeão Nacional de Todo-o-Terreno.

A tarefa de todos os pilotos foi dificultada pela muita chuva que se fez sentir ao longo da prova, mas nem essa circunstância retirou qualquer brilho a mais esta edição da mítica prova alentejana.

Krystof Holowczyc partiu com oito pontos de desvantagem sobre o russo Boris Gadasin e as coisas nem pareciam correr de feição para o piloto da Nissan Navara, pois Miguel Barbosa, que alinhava precisamente com o mesmo objectivo, começou por dominar o prólogo para se impor depois no primeiro sector selectivo do segundo dia de prova, ampliando a sua vantagem na frente da classificação. No entanto, a mecânica do Mitsubishi não colaborou e Miguel Barbosa acabou por partir a correia do alternador, ficando sem carga de bateria e sendo, por isso, obrigado a desistir.

Com Filipe Campos atrasado no SS2 com um furo e imprimindo um andamento mais tranquilo a partir do momento em que Barbosa parou, Holowczyc acabou por ascender ao primeiro lugar e, com a desistência de Gadasin - problemas de pressão de combustível - conquistou um merecido sucesso que lhe garantiu a conquista da Taça FIA de Bajas.

“Foi incrível esta tarde", começou por afirmar Holowczyc. "Nunca tinha visto tanta água na vida. Parece que entrámos numa poça de água no início da especial e saímos no fim. Era muito fácil cometer um erro. Era um sector para quem tem sensibilidade, uma vez que não era fácil perceber onde era o limite. A organização foi perfeita, tenho feito muitas corridas e nunca vi um road-book tão perfeito, só não conseguem controlar o tempo. Estou muito contente com esta vitória", resumiu o piloto polaco.

Quanto a Filipe Campos, confirmou em pleno o favoritismo que lhe era atribuído à partida da prova e, com o segundo lugar final, revalidou justamente o título nacional que ostentava: “Esta tarde foi muito difícil. Entrava água por todo o lado e o pára-brisas deixou de funcionar e por isso o Jaime (Batista) tinha que ir sempre a carregar no botão. Foi muito complicado, mas cumprimos o objectivo que tínhamos que era revalidar o título e por isso estamos muito satisfeitos. Sabíamos que este percurso da tarde faz menos lama, mas que acumula muita água, mas nunca tinha visto nada assim”.

Nota ainda para a excelente a actuação do espanhol Joan Roca Vila, que levou a sua Mitsubishi ao último lugar do pódio, enquanto o já campeão da categoria T2, Ricardo Porém, confirmou o título com mais uma vitória no agrupamento, depois de Nuno Matos ter liderado durante bastante tempo antes de ser eliminado numa tentativa de ultrapassagem a Pedro Grancha. O piloto de Cascais seguia por essa altura com problemas, e os dois carros acabaram por se tocar, provocando uma situação em que a ponteira de direcção do Isuzu de Nuno Matos acabaria por ceder.

Terceira vitória para António Maio

Nas motos, o prematuro abandono de Ruben Faria e o atraso de Paulo Gonçalves fez com que a luta pela vitória fosse uma discussão entre António Maio e Mário Patrão. Na fase inicial, o piloto da Yamaha teve dificuldade em encontrar o melhor ritmo e chegou ao CP1 a perder 21 segundos para Patrão. Depois os pilotos das duas rodas entraram numa zona do percurso em que o piso estava já bastante deteriorado pela passagem dos automóveis, e aí Maio conseguiu aumentar o ritmo e inverteu a classificação, passando para a frente por apenas dois segundos quando faltavam cerca de 90 quilómetros para o final. A partir daí foi sempre ao ataque, vindo António Maio a beneficiar dos problemas de Patrão na sua moto para alargar a vantagem e vencer a corrida.

No final de mais esta edição da Baja 500 Portalegre, António Maio estava bastante satisfeito: “Foi uma corrida difícil. Não me consegui encontrar na fase inicial, os braços incharam um pouco e estava com dificuldades. Depois quando entrei na zona do percurso em que os pilotos do carro já tinham passado, ataquei. O piso estava muito estragado, ainda caí, mas na chegada à assistência 4 apanhei o Mário Patrão e a partir daí vim sempre a fundo. Foi uma corrida dura e difícil, mas estou muito contente por ter ganho”.

De referir que António Maio inscreveu pela terceira vez o seu nome na lista de vencedores - depois de ter ganho em 2007 e 2008 e ser segundo no ano passado. Por seu turno, Mário Patrão até começou por comandar mas, na parte final, teve problemas de travões e não conseguiu resistir ao forcing de António Maio. “Foi uma boa corrida, difícil, com zonas com o piso já muito mau. Foi pena ter ficado sem travões na parte final, o que fez com que caísse duas vezes e por isso optei por controlar o andamento e terminar em segundo, que acaba por ser um bom resultado”, disse.

Paulo Gonçalves, outros dos pilotos que recolhia algum favoritismo à vitória no início da prova, abandonou a cerca de 50 Km do final, quando era um confortável terceiro classificado, com problemas eléctricos na sua BMW. Deste modo, David Megre fechou o pódio, mas já a mais de 23 minutos dos dois da frente, demonstrando que o ritmo de quem lutou pela vitória era claramente outro.

In, http://www.lusomotores.com/content/view/8278/1/

CLASSIFICAÇÕES

AUTOS – MUNDIAL FIA DE BAJAS

Classificação Final

1º. Krysztof Holowczyc/Jean-Marc Fortin (Nissan Navara Overdrive)(POL) 5h40’08’’

2º. Filipe Campos/Jaime Baptista (BMW X3) (PRT) 5h48’42’’

3º. Joan Roca Vila/Josep M.Ferrer (Mitsubishi L200)(ESP) 5h59’32’’

AUTOS –NACIONAL DE TODO-O-TERRENO

Classificação Final

1º. Paulo Ferreira/Jorge Monteiro (Toyota Land Cruiser)(PRT) 7h16’04’’

2º. Tiago Avelar/Silva Santos (Nissan Proto)(PRT) 7h24’01’’

3º. Joaquim Calado/Sérgio Calado (Nissan Terrano I)(PRT) 7h41’04’’

MOTOS

Classificação Final

1º. António Maio (Yamaha YZ 450 F)(PRT) 4h24’00’’

2º. Mário Patrão (Suzuki RMX-Z)(PRT) 4h25’30’’

3º. David Megre(KTM EXC 450R)(PRT) 4h47’54’’

QUADS

Classificação Final

1º. Roberto Beto (KTM 525 XC)(PRT) 5h00’52’’

2º. João Lopes (Suzuki LTR 450 Z)(PRT) 5h16’32’’

3º. Humberto Pinto (Suzuki LTR 450)(PRT) 5h31’37’’

BUGGYS

Classificação Final

1º. Carlos Esteves/Helder Amado (PolarisRZR765)(PRT) 6h55’29’’

2º. Tiago Cunha (RageR140T)(PRT) 7h13’29’

3º. José Vitória/Luis Vitória (PolarisRZRS)(PRT) 7h44’23’’’

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