2010/01/26

PRESSENTIR


A sala encerra gritos inocentes,

No meu cérebro

O teu corpo aquece-me,

Brisa forte lá fora, saboreio o teu gosto,

Ainda não chegaste aqui

A este lugar,

A este ermo de emoções…

A angústia alimenta o desânimo,

Olha… trazes-me confiança, sabes!?.

Conto os momentos, (que tormentos),

Atado, preso à delícia de um sonho

Neste lugar,

Neste refúgio de piedosos gestos…

As nuvens do pensamento adensam-se,

Neste tempo de palavras – vida, ver-te,

Silêncio, nada.

O sono completa o drama,

De um homem que chora quando ama,

Por este lugar,

Por esta ilusão encardida.

Na sala devastada pelo silêncio,uma ténue miragem esfuma-se...

Na angústia incessante que o coração encerra,

Pressinto a incrível sensação de teres passado por aqui…

Quem és tu ninfa edílica que me visitas?

Ou Dionisus que me presentea com a sua visita e me alimenta a alma com um toque mitológico de loucura.


Nas profundezas da sala, algo se agita ao fundo e me estende a mão exitante,


Olá solidão!

Por escassos instantes esqueci-me de si!

Venha… vamos…)


João Belém

2010-01-26

1 comentário:

Antónia Ruivo disse...

Sabes,acho que não tens noção do que representas na minha escrita, sempre que vacilo lembro-me de ti, e ler o que tu escreves começa a ser uma fonte de inspiração, beijinhos meu amigo e se olhares com atenção talvez esteja mais alguém no fundo da sala.