2010/02/22

Estudo indica que ser feliz é benéfico para o coração


Primeira investigação que relaciona emoções e doenças cardíacas
A felicidade pode ser a chave para se ter um coração saudável, segundo um novo estudo que, pela primeira vez, investigou a relação entre as emoções e as doenças cardíacas. O trabalho publicado ontem na
"European Heart Journal" mostra que as pessoas que são felizes e optimistas têm menos riscos de sofrerem de problemas cardíacos, pelo que a sua autora, Karina Davidson, acredita que esta investigação pode ajudara descobrir como os pacientes devem agir a fim de melhorarem a sua saúde.

Ao longo de dez anos, Karina Davidson, que também é directora do Centro de Comportamento de Saúde Cardiovascular da Columbia University Medical Center, acompanhou 1739 adultos - 862 homens e 877 mulheres – e avaliou várias emoções negativas como a depressão , a hostilidade e a ansiedade, e ainda a expressão de emoções positivas como o prazer, a felicidade, a excitação e o entusiasmo, denominados por efeitos positivos.Embora sejam transitórios, estes sentimentos são considerados um “estado”, principalmente nos adultos, ainda que uma pessoa feliz possa ficar ocasionalmente ansiosa, zangada ou deprimida.Depois desta avaliação, os investigadores distribuíram os efeitos positivos em cinco categorias, que iam desde o "nenhum" até o "extremo" - passando pelo "pouco", "moderado" e "muito" - e descobriram que o risco de doenças cardíacas variava 22 por cento de categoria para categoria. De acordo com os investigadores, os motivos que fazem com que os efeitos positivos protejam o coração são variados, e podem estar relacionados com o facto de estas pessoas dormirem bem, fumarem menos e terem uma vida mais calma, sem stress. “Temos muitas especulações”, adiantou a autora do estudo, sublinhando que "aqueles com o efeito positivo têm um período maior de relaxamento e de descanso psicológico, recuperam mais rapidamente de situações de stress e não passam muito tempo a remoer os factos”.Os investigadores ressaltaram, porém, a necessidade de mais investigações para ratificar esta ligação. "Se os próximos estudos confirmarem as nossas conclusões, esses resultados serão incrivelmente importantes para descobrir o que pode ser feito para melhorar a saúde dos pacientes", concluiu Karina Davidson.

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