Uma noite fria, chuvosa.
Um sítio escuro, húmido.
Uma pequena multidão entusiasta.
Uma bola redonda, viciada.
Uns “putos”alegres,
campeões.
Muitas almas repletas
de estrondosas ilusões.
Bricavam cativos
na noite fria.
Jogavam com o tempo
era deles a alegria.
Acabavam aos gritos,
estridentes vencedores.
Saiam tristonhos
os perdedores.
Mas noutro dia de novo,
as honras foram trocadas.
Todos ficaram felizes
em outras e outras noitadas.
O sítio escuro,
Foi um lugar repleto.
Quem por lá passou,
Sempre se sentiu liberto.
Agora é só recordar,
Aquilo que vemos hoje:
Neste forte militar,
Neste estádio coberto,
Nesta selva imaginária,
Neste mundo de aventuras,
A linguagem é segura,
Não se pensam em vaidades,
Nem em revoltas maduras,
Só interessam as verdades.
O movimento era uma lei.
Parar, era sempre perder.
O esquecimento, não havia.
Naquele sítio de crescer.
Novo é o dia no sítio,
Para contar esta história.
Apenas as memórias ficam,
Dos sonhos da nossa infância.
Amanhã estará cheio,
certamente
de inúmeras caras novas,
de pequenas multidões,
com novas aventuras, puras ilusões.
Um sítio de passagem…
Um sítio de crescer…
Era uma vez em Portalegre, há já uns 45 anos atrás, num local especial, transformado em muitos mundos, misturado com sonhos e ilusões, com Sol e chuva, amigos de verdade juntavam-se para viver a sua infância, continuada depois pela adolescência… um dia de recordar, foi viver com saudades esses tempos gloriosos de termos sido as crianças daquele sítio de crescer…
João Belém
2009-12-24
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