2012/09/25

..., mas não dizem!





Encontro-me completamente só,
Nas minhas grandezas,
Nos meus sonhos de adulto
Enfadado,
Incompreendido,
Aborrecido,
Crispado por tudo e por nada,
Ludibriado por pensamentos,
Iludido por ilusões
Contíguas,
Enubladas nuvens do meu interior
Taciturno e distante,
Como metal enferrujado
Perante pingos
Contínuos e húmidos,
Que caiem
Gota a gota sobre a minha cabeça,
E me tornam
Escorregadio,
Viscoso,
Análogo a um ser
Aquático,
Espécie de serpente
Tenebrosamente fria;
Encontro-me despovoado de ideias
Novas,

Cheias de concrecto,
Luminosas
Fontes do meu “ego”
Sonhador,
Apaixonado por seres
Miraculosos,
Belos corpos edílicos,
Deusas Olímpicas,
Ninfas, sereias,
Gente bela, perfeita
Que me ajude a acordar
Desta amnésia;
Encontro-me comprimido por ditos
Prosaicos,
Genéticos,
Empalhaçadas línguas
Que excrementam as ruas,
os céus,
Banhados por fétidos,
Ensurdecedores ruídos,
Gases venenosos
Que me vão intoxicando a alma,
Vazios opacos,
Que me arrastam para o fundo
Dos abismos da Eternidade,
Cósmica maniera
De compressão lenta,
Abominável forma de sucumbir.
Estou maçante hoje,
Acabrunhado pelo vento
Gélido de Verão,
Pelo calor insuportável de Inverno;
Já nada é como era.
Tudo está numa desordem atroz,
Modificado,
Trocado.
Encontro-me...
Encontramo-nos...
Encontrar-nos-emos sempre
E cada vez mais, assim, todos,
Neste estado,
Nesta amnésia alucinante,
Que nos corrompe o espírito,
Que nos rói o couro-cabeludo,
E nos escalpa,
Arrasta
Pelas agulhas e asperesas
Deste Mundo de insensíveis.
Encontro-me completamente só,
Ponderando sobre isto
E aquilo,
Tentando esquecer
O que não se esquece,
Tentando exprimir
Por meio de linguagem
Simbolicamente áspera e ruidosa,
Aquilo que muitos querem,
Sentem,
Mão não dizem.

João Belém

POLITICA

És aquilo que nasce,
Mas aquela que destrói tudo e todos.
És aquilo que agrupa,
Mas aquilo que separa uns dos outros.
Afinal, és aquilo que não vale.
Afinal, és aquela que não luta.
 

Não gosto de ti,
 

Não te quero p’ra nada.
 

Éx lixo, infâmia.
És um jogo sujo de intrigas,
De blasfémia, desordem.
Não prestas para mim.
Não te suporto,
 

Odeio-te!

Não prestas p'ra nada.






 

És mesquinhice, “trampa”.
És mediocridade, ignorância.
És loucura, fanatismo.
Nâo serves para mim!
Estúpidos os que te servem.
Fanáticos os que te adulam.
Gente cínica, ignorante,
Raça humana, tirania.
 

Política,
 

Não vales nada p’ra mim!

2012/09/22

Sport Clube Estrela há 93 anos


O Sport Clube Estrela nasceu em Portalegre
há 93 anos
debaixo das folhas verdes da árvore do Rossio
1919-2012



O Sport Clube Estrela nasceu em Portalegre há 93 anos debaixo das folhas verdes da árvore do Rossio. Surgiu, assim, esplendoroso e forte na aparência, numa época de renovação - uma flor desportiva em tons de verde. A flor cresceu regada pelo amor dos seus sempre fiéis seguidores, transformando-se numa árvore vigorosa. Do seu tronco brotaram os pedúnculos e destes os frutos para a conquista. No ramo mais alto, uma estrela, que é símbolo de algo mesmo muito especial. Brilhante ou simplesmente um motivo ligado ao firmamento, fonte de inspiração para a humanidade. A Estrela tem obviamente carga religiosa, respeitada e respeitável, mas na iconografia desportiva, na heráldica do nosso Clube, oferece antes de mais a imagem de uma grande e brilhante estrela. Uma imagem de luta, de carácter, de teimosia, de fidelidade, da vontade, de qualquer tipo de promoção para uns, de criação divina para outros, de formação contínua para tantos. Em termos de cor, o verde representa crescimento, tal qual folhas viçosas das árvores na Primavera. Mas sempre a estrela como símbolo de vigor, juventude, frescura, esperança, calma. Está ligada ao respeito, à admiração e ao orgulho de cada um que cultiva todos os dias a semente verdejante que alimenta almas.
O Estrela de Portalegre tem um historial vasto de conquistas.
Mas algumas vezes roubaram-lhe o esforço e tentaram levar-lhe a alma.
Ficou ferido, mas não o mataram.
Resistiu, resiste, reconfirma diariamente a força do seu lema de Esperança, que lhe dá Força e Vontade para continuar até à Eternidade.
Obrigado ao querer dos seus Fundadores.

Um por todos e todos pelo Estrela.

VIVA O ESTRELA

23 de Setembro de 2012