Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem achei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem,
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.
Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo: «Fui eu?»
Deus sabe, porque o escreveu.
Fernando Pessoa
Foto (In, https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjI5iE_N9IjquzOzPHo9jz__m-i4afg47QEvniR3RDpT9_yrB2nkv57CYeqdIL2suM9m10kNocEJ0KJGcZImj8PWDMiNRwfeYg84e3azbqt2tVx7_0sHllJhyphenhyphenx09y9Y-ulKXpUyTqAC1AQz/s1600/fernando+pessoa.gif)
PORTA ABERTA AO MUNDO .... E AOS SEUS DESÍGNIOS...
Talvez venha a colocar um aviso na porta:
É FAVOR FECHAR A PORTA… MAS DEVAGAR!!! PARA NÃO INCOMODAR…
É um problema de civismo que é algo que ou se tem ou não se tem.
A porta da rua está constantemente aberta. Talvez uma mola resolva a situação; funciona na perfeição.
Existe uma falta de cuidado em não fechar a mesma... O que se poderá fazer se um dia ocorrer um furto ou roubo... ou rapto... ou outra coisa qualquer menos interessante (mas deveras preocupante...), ou não?
Já comentei esta situação com diversos vizinhos sobre o problema da porta aberta, todos concordam mas na prática parece que ninguém se preocupa muito.... O vídeo porteiro, como utensílio de segurança, é totalmente ignorado… (ou talvez não funcione, existe só para vista ou por ser finesse!!!)
Não estou a dizer com isto tudo que não respeito a opinião de quem não se sente incomodado com uma porta escancarada ou com o barulho dos transeuntes, que gostam de se sentar na rua, falar alto, gritar, tal como fossem miúdos traquinas… mas, na realidade, são adultos que, a altas horas , incomodam quem trabalhou o dia inteiro e merece, por obrigação, descansar… Mas, talvez, ao culpado, nestas circunstâncias, seja nossa, pois um simples telefonema e a PSP resolveria a dita questão… (porque resolve mesmo), porque esta situação me incomoda quando quero dormir... mas penso que o mais importante destes comentários é mesmo o sentimento de não ser benéfico para a urbanização que as pessoas de outras zonas de Portalegre escolham outras ruas para seu lugar de "festejos momentâneos" porque outros problemas para além do barulho poderão ir surgindo!! Tal como a negligência existente no acto de não fechar a porta da rua…
Se tanto se fala e sente a insegurança... não sei se continuarmos a oferecer algo com as portas abertas de par em par das nossas casas / condomínios, poderá contribuir para algumas tentações incoerentes de alguma juventude irreverente ou de adultos amigos do que lhe é alheio, virem a criar hábitos…
Viver em harmonia com vizinhos!!!!
Vamos ter calma e pensar…
Que os outros também estão a trabalhar...
Talvez uma conversa salve atitudes…
Sem gritarias ou ameaças
Poderá resolver-se tudo…
Para não incomodar...
"Um hábito é uma maneira permanente ou frequente, regular ou esperada de agir. Embora o ser humano se gabe de ser criativo e tudo mais, não há como negar que somos criaturas de hábitos. Você pode ver isso de forma negativa, se associar hábito a uma rotina tediosa, ou de forma positiva, se enxergar nas ações regulares um meio de chegar aos seus objetivos."
(In, http://fatorw.com/produtividade/habitos/)
João Belém
2011.06.10
