2025/09/02
2025/09/01
Flotilha Humanitária a Gaza
Partiram de Barcelona cerca de quatro dezenas de embarcações com 400 voluntários a bordo, rumo a Gaza, numa viagem contra o bloqueio imposto a um povo em vias de extermínio.
Levam ajuda humanitária, e não é isso que mitiga a fome onde se morre de inanição e a tiro, é o gesto de solidariedade que se regista para denunciar quem apoia ou participa no extermino. É o grito de revolta, um sobressalto cívico, a forma de mostrar que há ainda quem não desista de dar voz a quem sofre.
É pena que não haja deputados do Parlamento Europeu para mostrar que a UE não é só a covardia de Costa, Von der Leyen e Kaja Kallas, que se revoltam contra a invasão da Ucrânia e se calam contra a ameaça à Gronelândia (UE) e à invasão de Gaza.
Mariana Mortágua, Sofia Aparício e Miguel Duarte levam com eles a solidariedade dos que não se conformam com a anexação de Gaza.
Agradeço-lhes não só o gesto corajoso, também a oportunidade para desmascarar quem nos governa, para expor a decadência ética a que este PR, este PAR e este PM levaram o meu país.
Enquanto o governo espanhol garante “toda a proteção diplomática à flotilha”, Rangel, em nome do Governo, considera “inusitado” proteger a flotilha com ajuda humanitária e recusa acompanhamento. É a diferença entre governantes e moluscos.
Uns batem-se pela paz, outros insistem na guerra. Em vez de solidariedade, é o ódio e o vilipêndio que tem acompanhado estes três portugueses. Não admira. Quando o governo se porta como Paulo Rangel, quando em Lisboa Moedas integra Helena Ferro Gouveia e Pavlo Sadhoka nas listas do PSD/CDS/IL, sem revolta dos munícipes, é o salazarismo que regressa de mansinho.
Foto: DN